Diante do agravamento do cenário econômico do novo coronavírus e a suspensão em todo estado da Bahia dos festejos de São João, a Fecomércio-BA revisou a projeção de perdas para o comércio dos itens mais relacionados ao evento. A estimativa anterior era de queda de 23% na segunda quinzena de junho em relação ao mesmo período do ano passado. A retração atualizada é de 32% e com o varejo de supermercados e vestuário faturando cerca de 810 milhões de reais, ou seja, R$ 375 milhões a menos do que em 2019.
“O prolongamento do período de quarentena tem trazido muitos transtornos aos empresários que se veem numa situação desafiadora entre decidir se encara a crise com sem uma clareza de cenário ou se fecha o seu negócio e demite os funcionários”, diz o consultor econômico Guilherme Dietze.
“De uma forma ou de outra, as famílias estão sentindo o desemprego aumentando e mesmos aqueles que estão empregados estão com receio de comprometer sua renda com qualquer tipo de dívida e se limitando ao consumo básico”, acrescenta o especialista.
A ausência dos turistas, que têm um papel importante nos gastos nas festas de São João, é outro fator que fez com a entidade revisasse o dado de vendas do período.
Vale ressaltar o que foi posto na análise anterior, que o efeito colateral do cancelamento da data em junho é muito grande, pois os recursos perdidos não devem ser repostos ou amenizados posteriormente, numa situação de melhora da situação econômica.
“Todas as regiões do país estão sofrendo com a mesma situação, com cancelamento de importantes eventos geradores de emprego e renda, e não seria diferente na Bahia. O desejo é que todos sigam as recomendações dos órgãos competentes de saúde para que o quadro de contaminação percorra de maneira sustentável para o sistema de saúde, e para que a economia, comércio e serviços possam voltar a funcionar com tranquilidade”, declara o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade.
*Fonte: Fecomércio/BA; Foto: Lucy Brown