A proposta da Comissão Europeia que deverá começar a ser discutida em breve pelos 27 em sede de Conselho Europeu atribui a Portugal um total 26,3 mil milhões de euros do Fundo de Recuperação.
O executivo comunitário tem previsto atribuir ao país 15,5 mil milhões de euros em subvenções (distribuídas a fundo perdido) e 10,8 mil milhões de euros sob a forma de empréstimos (voluntários) concedidos em condições favoráveis.
O Fundo de Recuperação proposto pela Comissão Europeia aumentará o “poder de fogo” da União Europeia contra a crise da covid-19 para os 2,4 biliões de euros, disse hoje a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.
Discursando perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, Von der Leyen sublinhou que o Fundo de Recuperação da EU, de 750 mil milhões, junta-se a uma proposta (ligeiramente) revista do próximo quadro orçamental da UE para 2021-2027, de 1,1 biliões de euros, representando então as propostas hoje apresentadas pelo seu executivo um montante de 1,85 biliões de euros.
Os países mais afetados pela pandemia de covid-19, Itália e Espanha, poderão receber, respetivamente, 172,7 mil milhões de euros (81,8 mil milhões em subsídios e 90,9 mil milhões em empréstimos) e 140,4 mil milhões de euros (77,3 mil milhões os em subsídios e 63,1 mil milhões em empréstimos).
Os subsídios a fundo perdido serão canalizados através de quatro canais, três dos quais novos: o REACT EU (nova inciativa de apoio à coesão), a Ferramenta de Recuperação e Resiliência, o novo Fundo para uma Transição Justa e através do Desenvolvimento Rural.
As propostas da Comissão surgem no mesmo dia em que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou que a economia da zona euro se vai contrair entre 8% e 12% este ano, mais do que tinha previsto antes.
Lagarde tinha previsto, após a reunião do Conselho do BCE, no final de abril, que a zona euro poderia sofrer uma contração entre 5% e 8%.
- Fonte: PressTUR com Agência Lusa