Por Pedro Menezes
Após o Governo do Estado de São Paulo ter autorizado o retorno dos eventos com público sentado para o dia 27 de julho, e os de grande porte (incluem-se as feiras de negócios e para o público final) a partir de 12 de outubro, o setor reuniu-se para alinhar protocolos sanitários para a retomada segura das atividades. Para divulgar a parceiros, fornecedores e clientes, os centros de convenções e exposições lançaram um vídeo com todas as medidas adotadas que, de forma didática, mostra como os espaços estão aptos a receber os visitantes (veja abaixo).
A partir da definição dos protocolos pela Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras), com participação da Abeoc (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), Abrace (Associação Brasileira das Montadoras e Locadoras de Stands) e Sindiprom (Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo), e respectiva validação do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o São Paulo Expo seguiu todas as recomendações, além de aplicar as medidas de segurança definidas pelo Ministério do Turismo, o que lhe rendeu o selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”.
“Garantir a saúde de nossos colaboradores, parceiros e clientes é nossa premissa essencial, por isso estamos adotando os mais rígidos procedimentos, que oferecem total segurança de higiene e distanciamento”, atesta Daniel Galante, diretor geral do São Paulo Expo e vice-presidente da Ubrafe.
Previsibilidade
Para a produção dos eventos, são necessários cerca de 45 a 60 dias, em que toda a cadeia se prepara para a montagem, realização e desmontagem. “Previsibilidade é a palavra-chave de nosso negócio, pois é impossível fazer um evento da noite para o dia. Por isso estávamos ansiosos para que o governo pudesse divulgar a data para a retomada. A nossa grande preocupação advém dos profundos impactos que o setor sofreu com a pandemia, já que 95% do setor são compostos por pequenas empresas e autônomos, além da perda de empregos”, pondera Daniel.
O setor de eventos foi um dos primeiros a ser impactado pela pandemia do Covid-19. De acordo com levantamento da Ubrafe, a paralisação no primeiro semestre gerou uma perda de R$ 129,1 bilhões para a economia brasileira, e R$ 5,9 bilhões para as empresas do setor de eventos do sistema expositor.
O valor do impacto anual na economia brasileira na geração de resultados para as empresas expositoras dos eventos são da ordem de R$ 305 bilhões, equivalente a 4,6% do PIB Nacional. Para obter esses resultados, expositores e visitantes aplicam no setor de eventos de negócios, somente no estado de São Paulo, cerca de R$ 16,3 bilhões. *Fonte: mercado&eventos