Por Jane Wardell e Gayle Issa – Repórteres da Reuters – Sydney e Londres
O número de infecções pelo novo coronavírus no mundo superou a casa de 15 milhões nesta quarta-feira (22), de acordo com contagem da Reuters, e a pandemia ganha força apesar de países seguirem divididos em resposta à crise.
Nos Estados Unidos (EUA), que têm o maior número de casos no mundo, com 3,91 milhões de infecções, o presidente Donald Trump alertou: “Vai provavelmente, infelizmente, piorar antes de melhorar.”
Completam a lista de cinco países com maior número de casos, atrás dos EUA, o Brasil, a Índia, Rússia e África do Sul. Mas a contagem da Reuters mostra que a doença está se acelerando mais rapidamente nas Américas, que respondem por mais da metade dos casos no mundo e metade das mortes causadas pela covid-19.
Globalmente, a taxa de novas infecções não mostra sinais de desaceleração, de acordo com a contagem da Reuters, baseada em dados oficiais.
Depois que o primeiro caso do novo coronavírus foi relatado em Wuhan, na China, no início de janeiro, foram cerca de 15 semanas para se chegar à marca de 2 milhões. Por outro lado, demorou apenas oito dias para se superar a marca de 15 milhões de infecções desde que se chegou ao número de 13 milhões, alcançado em 13 de julho.
Especialistas em saúde enfatizam que os dados oficiais quase certamente subestimam os números reais de infecções e de mortes pela doença, especialmente em países com capacidade de testagem limitada.
O número oficial de casos de covid-19, de 15.009.213, é pelo menos o triplo do de infecções graves de influenza registrados anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Ao mesmo tempo, o número de mortos pela covid-19 no mundo, de mais de 616 mil em sete meses, está próximo da ponta mais alta das mortes anuais por influenza. *Fonte: Agência Brasil, com informação da agência internacional de notícias Reuters.