O Estado de Roraima, na região Norte do Brasil, possui alguns dos roteiros mais desejados dos turistas brasileiros, como o Monte Roraima e a Serra do Tepequém. Porém, muito além disso, seu interior guarda diversas riquezas culturais ainda pouco exploradas, com pluralidade de atrativos, belezas naturais, gastronomia típica e muito mais.
O ponto de partida para um roteiro pelos igarapés e arvores centenários roraimenses é Boa Vista. Única capital do país que está situada no hemisfério Norte, a cidade de 130 anos tem grande importância geográfica, já que Roraima faz fronteira com a Venezuela e Guiana, mas também apresenta diversos atrativos turísticos em suas grandes avenidas com arquitetura modernista às margens do Rio Branco.
Para conhecer o melhor da cidade, a dica é fazer um city tour pelo centro histórico, visitando lugares como palácios e igrejas; e depois partir para um river tour, onde, além das casas típicas da região, é possível observar um belo pôr do sol.
Pertinho da capital, há algumas comunidades indígenas que apresentam experiências culturais ricas aos visitantes, como a Tabalascada e a Raposa I. A primeira, situada a cerca de 25 quilômetros de Boa Vista, integra a etnia Wapixana há mais de três séculos. Em uma visita, é possível vivenciar costumes e danças locais, assim como degustar bebidas como o caxiri, conhecer a manufatura de artesanato e descobrir histórias e lendas deste povo.
Já a Comunidade Raposa I, a 180 quilômetros da cidade, oferece, desde seu percurso, a oportunidade de observar as exuberantes fauna e flora locais. No local, um dos grandes destaques fica por conta das oficinas de farinha e panelas de barro, sendo esta considerada, inclusive, um Patrimônio Imaterial Indígena da etnia Macuxi.
A cerca de 150 quilômetros de Boa Vista, outro atrativo importante em um roteiro pelo interior é a Fazenda Bacabal. Considerada uma das mais tradicionais de Roraima, a histórica fazenda remete aos tempos da expansão agrícola da região. Hoje, ideal para o turismo rural, apresenta atividades como caminhadas e cavalgadas com os cavalos lavradeiros – típica raça da região -, além de rodas de conversa para aprender sobre a história local. O ambiente oferece refeições e hospedagem.
A fazenda está localizada em Amajari, cidade que abriga a Serra do Tepequém. Portanto, estando por lá, vale a pena esticar o circuito até um dos principais pontos turísticos do Estado.
Nesta região, a vegetação varia entre campos e floresta virgens, sendo que a imponência de suas belezas naturais é demonstrada no seu ponto mais alto, situado a 1200 m de altitude. *Fonte: Jornal de Turismo
