Um estudo produzido pelo Profo Msc. Thyago Velozo de Albuquerque, do Departamento de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – pesquisador do Núcleo de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (NPDS – UFPB) -, apresenta uma análise sobre Adesão dos Meios de Hospedagem ao Selo Turismo Responsável do Ministério do Turismo. A primeira constatação após 60 dias do lançamento do Selo apontada pelo estudo é: baixa adesão das empresas.
O Ministério do Turismo lançou o selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, com diretrizes voltadas para 15 diferentes atividades do Cadastro Nacional do Turismo (Cadastur).
Os protocolos foram criados em conjunto com ANVISA e representantes dos segmentos, como forma de padronizar os protocolos necessários ao retorno da atividade de forma segura, mas também para estimular um sentimento de proteção e segurança nos turistas, bem como de chancelar profissionais e estabelecimentos turísticos, como hotéis e aeroportos, que se comprometam com protocolos de saúde, segurança e atendimento em suas operações.
Segundo o pesquisador, não se buscou fazer juízo de valor sobre a estratégia desenvolvida em sua pesquisa, “consideramos apenas analisar o grau de adesão das empresas ao selo, com dados disponíveis na plataforma, e compará-los aos dados disponíveis sobre o Cadastur”, diz.
“Tal análise deve-se ao fato da adesão ao selo ter sido a única ação de política pública do
Ministério para implementação de protocolos de biossegurança no setor”, afirma Thyago Velozo de Albuquerque.
Análise
Segundo Thyago, as informações aqui apresentadas constituem-se de análises dos dados disponibilizados pelas plataformas do Governo Federal, tanto sobre a adesão ao selo em questão, como sobre o cadastro no Cadastur – Cadastro Nacional do Turismo.
“Consultamos os dados abertos do Ministério do Turismo buscando identificar a quantidade dos meios de hospedagem que aderiram aos protocolos de segurança instituídos pelo selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, avaliando e cruzando essas informações com o número de meios de hospedagens registrados no Cadastur”, afirma.
Estas análises foram realizadas com os dados consultados no dia 24 de julho de 2020.
Análise
No recorte regional, segundo o professor Thyago Velozo de Albuquerque, foi identificado que os estados da região Nordeste possuem uma maior taxa proporcional de adesão ao selo, apresentando uma média de adesão maior que média nacional, com a média de 27%. “Em seguida temos a região Sudeste com 22%, também maior que a média nacional, seguido pela região Sul com 21%. O Centro Oeste e o
Norte possuem as menores médias de adesão proporcional apresentando 11% e 6%, respectivamente”, aponta o estudo.
Considerações finais
Segundo ele, ocorre uma maior adesão proporcional de meios de hospedagem nos Estados da região Nordeste, com 03 estados apresentando adesão maior que 30%, 04 estados na faixa entre 21% e 30%, e 02 estados na faixa laranja, a Paraíba (com 14%) e Sergipe (11%).
“Apesar de cada Estado e Munícipio poder adotar seus próprios protocolos de biossegurança para reabertura das atividades econômicas, a adesão ao selo, proposto pelo Ministério de Turismo, é fundamental enquanto política pública e visibilidade internacional”, frisa..
“Ressaltamos que, mesmo cada localidade definindo seus próprios protocolos e que estes possam ir além dos estabelecidos pelo Ministério, a adesão ao selo, enquanto política nacional deveria ser estimulada e incentivada, como processo, inclusive, de melhoria da imagem dos equipamentos turísticos de todo País”, conclui o pesquisador.
*Estudo produzido pelo Profo Msc. Thyago Velozo de Albuquerque, do Departamento de Turismo e Hotelaria da UFPB, E pesquisador do Núcleo de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (NPDS – UFPB). *Fonte: Diário do Turismo.