Europa: 200 aeroportos estão em risco de falência devido a perda de passageiros com a pandemia

 

O ACI Europe, que calculou recentemente que os aeroportos europeus perderam 1,273 milhões de passageiros até 27 de Setembro, avisou que a crise colocou em risco de insolvência nos próximos meses 193 aeroportos do continente.

A organização, que indica representar 500 aeroportos em 46 países europeus que concentram mais de 90% dos passageiros que voam de/para o continente, frisa que dessa forma estão em risco 277 mil postos de trabalho e uma contribuição para o PIB de 12,4 mil milhões de euros.

Se os Governos não avançarem com o necessário apoio será “o colapso de uma parte significativa dos sistema de transporte aéreo” frisa o ACI, que salienta que até Setembro os aeroportos europeus têm uma queda de passageiros em 73%, que só em Setembro tiveram um decréscimo de 172,5 milhões e que em meados de Outubro a quebra estava em 75%, atingindo 80% nomeadamente na União Europeia, Suíça e Reino Unido.

O ACI, porém, não resume o problema à pandemia, dizendo que muitas companhias de aviação reduziram a capacidade planeada para o Inverno porque as “severas restrições” às viagens internacionais degradaram “consideravelmente” as perspectivas para o sector.

A organização especifica que considera “crucial” que os governos avancem com apoios financeiros aos aeroportos em risco, que diz serem principalmente aeroportos regionais cuja falência aumentaria as desigualdades geográficas e a prejudicaria a coesão social.

Segundo o ACI esses aeroportos cortaram custos “até ao osso” e recorreram a financiamentos externos, com os quais a dívida aumentou em 16 mil milhões de euros só nos 20 maiores aeroportos europeus, equivalentes a 60% da sua receita num ano normal.

O director-geral do ACI Europe, Olivier Jankovec, citado na informação realça que a testagem dos passageiros seria melhor medida do que as quarentenas adoptadas por alguns países e frisa que actualmente todos os aeroportos estão a despender capital para se manterem em funcionamento, porque as receitas obtidas “estão longe de cobrirem os custos de operação, quanto mais os custos de capital”.

Olivier Jankovec, aliás, diz mesmo que a imposição de quarentenas aos viajantes em vez da sua testagem põe os aeroportos cada vez mais próximos da insolvência.

*Fonte: PressTUR/PT

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