Setor turístico da Bahia, destino dos mais visitados, ainda vive incertezas

 

Por Cleusa Duarte

Um verão atípico sem festas, aglomerações e rico em protocolos sanitários, mas apesar disso a Bahia ainda se consolida como um dos principais destinos turísticos do país. A procura por passagens para o Estado tem dado um pequeno alento para o segmento, a presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV- BA), Ângela Carvalho diz que no momento as pessoas procuram viagens próximas e Nacionais e com praticamente as fronteiras internacionais fechadas ninguém quer arriscar. A movimentação calculada é de 20% das operações em relação ao mesmo período do ano passado.

Sem festas, aglomerações e rico em protocolos sanitários. Assim será o verão atípico da Bahia. Foto: divulgação

 

 

“Tivemos um ano excelente para o setor em 2019. Mas a pandemia travou tudo. Com tantas melhorias principalmente na capital com a construção do Centro de Convenções e obras de restauro, as previsões eram excelentes. Mas estamos operando com apenas 20% de nossa capacidade”, relata Ângela.

A verdade é que já conseguimos perceber a chegada de turistas pela capital baiana, eles chegam principalmente por avião e rodoviária. “A maior procura por viagens vem do sul do país, principalmente de São Paulo. Os turistas querem praias, a orla da capital e cidades como Trancoso, Ilhéus, Porto Seguro, Itacaré, Morro de São Paulo tem tido boa procura e claro Salvador”, destaca Ângela.

 

Sobre o turismo Internacional, Ângela constata, “na América do Sul temos Colômbia, Argentina e Chile reabertos, sendo que no Chile o turista precisa realizar uma quarentena de 14 dias. Existe ainda a exigência dos testes para coronavírus, ninguém quer arriscar. Na Europa está tendo a segunda onda e os países abrem e fecham. Quem viajar pode pegar restrições no país estrangeiro.”

Geraldo Guedes de Santana Filho, Diretor Operacional da Foccus, está em sintonia com a exposição de Ângela, “temos vendido e recebido procura de pacotes por pessoas do Sul do país para as cidades com praias na Bahia. Aqui também no Estado as viagens são curtas, às vezes pelo nordeste como Aracaju , Natal, Recife. Mas é tudo muito novo, conviver com protocolos. Em geral as viagens ficam pelo Estado.”

Em relação a viagens Internacionais ele destaca, “momento de incertezas ninguém quer arriscar. Quem viaja para o Chile com a exigência de quarentena de 14 dias é por questão familiar, negócio. Na Argentina também está liberado, mas lá também as restrições estão bem severas e o turista não quer viajar para ficar no Hotel com restrições.”

Sobre Europa, Guedes acha impraticável, “além de estarem com restrições, as fronteiras estão se fechando, as vezes abrem, as vezes fecham. Muito arriscado.”

Para Airam Franciê, da Franciê Viagens, o momento é de vender pacotes promocionais em resorts, “estou oferecendo pacotes com promoções para cidades do nordeste com praias e também na Bahia. A maioria dos turistas e das procuras vêm do sul do País. Mesmo assim, o momento é de dificuldades. A procura ainda é muito pequena, em torno de 20%. Estou no Home Office e me sustento com o salão de beleza, que segue os protocolos exigidos pelos órgãos governamentais.”

*Fonte: Tribuna da Bahia

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