A pandemia de covid-19 vai ‘afundar’ o turismo internacional para os níveis de 1990, prevê a Organização Mundial de Turismo (OMT), que hoje anunciou a previsão de que este ano haverá menos mil milhões de chegadas de turistas internacionais no mundo e menos 1,1 mil milhões de dólares (900 mil milhões de euros) de receitas de turismo que em 2019.

A agência das Nações Unidas para o Turismo sublinha que estes resultados irão provocar uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) mundial equivalente a dois biliões de dólares (cerca de 1,63 biliões de euros).
Para 2021, a OMT perspectiva que no segundo semestre haverá uma retoma da atividade no sector, mas também indica que um regresso aos níveis de 2019 apenas deverá acontecer dentro de dois anos e meio a quatro anos.
Entre Janeiro e Outubro deste ano, as chegadas de turistas internacionais caíram 72% ou 900 milhões devido às restrições de viagens, à quebra da confiança dos consumidores e à luta global para conter a propagação do novo coronavírus.
As perdas de receitas de exportações de turismo internacional nos primeiros dez meses do ano atingiram 935 mil milhões de dólares (764 mil milhões de euros), mais de 10 vezes as registadas em 2009, ano em que mais se fez sentir o impacto da crise financeira mundial no turismo.
A OMT sublinha que a região Ásia e Pacífico foi a mais castigada pelas restrições de viagens, com uma quebra nas chegadas de 82% nos primeiros dez meses do ano, enquanto o Médio Oriente teve uma quebra de 73%, na Europa e nas Américas a queda foi de 68% e em África foi de 69%.
Contudo, a OMT também assinala que a proporção de destinos fechados ao turismo internacional diminuiu de 82% no final de Abril de 2020 para 18% no início de Novembro.
“Mesmo com a notícia da vacina a aumentar a confiança dos viajantes, ainda há um longo caminho para a recuperação”, avisou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, citado na informação.
“Precisamos de intensificar os nossos esforços para abrir as fronteiras com segurança e, ao mesmo tempo, apoiar empregos e negócios no sector de turismo”, acrescentou, frisando de seguida que “é cada vez mais claro que o turismo é um dos sectores mais afetados por esta crise sem precedentes.
*Fonte: Presstur/PT