2020: “O pior ano da história do Turismo”, comunica a OMT

 

A pandemia de covid-19 fez de 2020 “o pior ano da história do turismo”, com menos mil milhões de chegadas de turistas internacionais no mundo, anunciou a Organização Mundial de Turismo (OMT), especificando que a maior quebra absoluta ocorreu na Europa.

Os destinos em todo o mundo receberam no ano passado menos 74% de turistas internacionais que em 2019, “devido a uma queda sem precedentes na procura e devido a restrições de viagens generalizadas”, sublinha em comunicado a agência das Nações Unidas para o Turismo.

A maior quebra absoluta nas chegadas de turistas internacionais ocorreu na Europa, com menos 500 milhões de turistas internacionais (-71%).

 

A maior quebra relativa ocorreu na região Ásia e Pacífico, com menos 84% (menos 300 milhões de chegadas). Seguiram-se Médio Oriente (-76%), Europa (-71%), África (-70%) e Américas (-69%).

Para enfatizar a dimensão do decréscimo, a OMT recorda que em 2009, durante a crise económica mundial, a quebra das chegadas internacionais foi de 4%.

A agência das Nações Unidas para o turismo estima que o colapso nas viagens internacionais representa uma perda de receitas de exportações em 1,3 biliões de dólares (1,07 biliões de euros), o que corresponde a 11 vezes mais as quebras registadas durante a crise económica de 2009.

Com a evolução da pandemia, muitos países estão a voltar a introduzir restrições de viagens mais rígidas, incluindo testes obrigatórios, quarentenas e, em alguns casos, o encerramento total das fronteiras.

Enquanto implementadas estas medidas, a OMT espera que a vacinação contra a covid-19 “ajude a restaurar a confiança dos consumidores, contribua para diminuir as restrições de viagens e, aos poucos, normalize as viagens durante o ano que se inicia”.

“Embora muito tenha sido feito para tornar as viagens internacionais seguras uma possibilidade, estamos cientes de que a crise está longe de terminar”, frisou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili (foto), citado no comunicado.

As implementação coordenada de medidas de contenção da covid-19, incluindo testes, rastreio e certificados de vacinação “são bases essenciais para promover viagens seguras e para se preparar a recuperação do turismo assim que as condições o permitirem”, acrescentou Zurab Pololikashvili.

A OMT anunciou ainda que o último estudo do seu “Painel de Especialistas” mostra uma perspectiva mista para este ano, com 45% dos entrevistados a revelar melhores perspectivas face ao ano passado, 25% a antecipar um desempenho semelhante e 30% a prevêr um decréscimo dos resultados.

Relativamente ao ano da recuperação, 50% dos especialistas espera que ocorra apenas em 2022, quando em Outubro apenas 21% dos entrevistados tinham essa expectativa. A outra metade dos especialistas ainda antecipa uma recuperação em 2021 (em Outubro eram 79%).

Quanto à recuperação para níveis anteriores à pandemia, a maioria dos especialistas não espera que aconteça antes de 2023. 43% dos entrevistados aponta para 2023 e 41%, para 2024 ou mais tarde.

*Fonte: Presstur/PT; Fotos: divulgação/Arquivo TURISMO TOTAL.

OMT

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