Portugal acredita na recuperação da atividade turística já este ano

O crescimento acelerado previsto para 2021 não está a acontecer e os resultados negativos da atividade turística mantêm-se negativos. Contudo, o governo está confiante que com a melhoria da situação sanitária prevista nos próximos meses, que se vai poder  assistir a uma recuperação da atividade turística. “Estou convencido que teremos nesse sentido já durante este ano algum crescimento da atividade turística”, perspectivou Pedro SizaVieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, durante a sua participação no webinar “O Estado do Turismo”, promovido pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que teve o Publituris como media partner.

A cidade do Porto, à beira do Rio Douro, é um dos destinos mais visitados em Portugal. Foto: Pixabay

 

Porém, ciente de que a retoma ainda vai levar alguns meses a acontecer, o ministro referiu que é necessário “manter e reforçar os apoios à economia e ao emprego” e que esse apoio tem de vir do Estado. “Se este é o ritmo da recuperação da atividade turística, então está claro que as empresas têm de fazer um maior esforço se querem preservar a sua capacidade produtiva e estarem aptas para responder à procura que advém”, admitiu, referindo que as reservas e capitais que as empresas turísticas dispunham alcançadas devido aos bons anos do turismo nacional se esgotaram depois de um ano com negócios inexistentes.

É com o objetivo de apoiar a manutenção das empresas e dos empregos, que o governo está a negociar a questão das moratórias com o Banco de Portugal e a Associação Portuguesa de Bancos. Ou seja, “uma extensão de maturidades que se pode aplicar neste setor, não apenas da suspensão de pagamentos que estendemos até setembro deste ano, mas uma extensão dos prazos de pagamento da dívida existente”.
O reforço dos instrumentos de capitalização das empresas, deforma a que “no fim desta crise  as empresas não estejam sobrecarregadas com dívida, a trabalhar para pagar juros em vez de estarem capacitadas para fazerem investimentos e para criarem emprego”, também está a ser ponderado pelo governo.

Promoção


Na sua intervenção, Siza Vieira (foto) admitiu que a situação da pandemia e os números recentes de contágios tem impactado negativamente a imagem de Portugal lá fora. Neste âmbito, o responsável avançou que “vamos reforçar o esforço de promoção que precisamos de fazer também para reposicionar o país”. O responsável sublinhou que este é o tempo de públicos e privados reflectirem sobre “as preferências dos consumidores e dos modelos de negócio que vamos ter para a frente”.
Para tal, considerou que as prioridades promoção de Portugal vão passar por “manter a visibilidade da nossa marca, mas também para promover a reposição da conectividade aérea e  continuar a trabalhar na diversificação dos destinos internos”. “A preferência por destinos mais sustentáveis, ao ar livre, de turismo de natureza é uma tendência que estamos a ver e queremos não só apoiar o investimento nestas áreas favorecendo a coesão territorial, mas também a promoção e a visibilidade dirigida a outras partes do nosso país”, explicou.

Sendo esta uma “crise temporária” e sendo Portugal “um destino que tem internacionalmente uma visibilidade e uma reputação muito forte”, o governo defende que se deve “manter o mais possível a capacidade das empresas que fazem o ecossistema turístico do nosso país e que permitem afirmar-se de forma muito clara”.

*Fonte: Publituris.

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