Por Juliana Monaco
De acordo com a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), as companhias aéreas que operam na região transportaram 177,3 milhões de passageiros em 2020, volume 59,2% inferior ao transportado em 2019. A queda no tráfego aéreo de um ano para o outro foi semelhante à média mundial (60%), segundo dados da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Do total de passageiros transportados, 62% foram viajantes domésticos, o que representa um aumento em relação a 2019, quando os passageiros domésticos foram 55% do total.
“O resultado de 2020 é uma evidência das restrições aos voos internacionais, que ainda se mantêm em vários mercados da região, e que gerou no ano quedas de 62% no mercado extrarregional (voos a partir de a para fora da América Latina e Caribe) e 72% no mercado intrarregional (voos entre países da América Latina e Caribe)”, disse o diretor-executivo e CEO da Alta, José Ricardo Botelho.
O México, o Brasil e o Chile, países que não interromperam o tráfego aéreo durante a pandemia de covid-19, foram responsáveis pelo maior volume de tráfego em 2020. O Brasil registrou 49,5 milhões de passageiros, a melhor média regional no ano, com redução do tráfego de 57% em relação a 2019. O México transportou 48 milhões de passageiros, com queda no volume de tráfego de 53%. Já o Chile teve 9,4% milhões de passageiros transportados, com queda de 64% em relação ao ano anterior.
“O primeiro trimestre de 2021 será desafiador para o setor e a recuperação pode desacelerar devido à segunda e terceira ondas de infecções, novas variantes do vírus, novas imposições de restrições de viagens e atrasos nas campanhas de vacinação em alguns de nossos países. Mas a população mantém a necessidade de se deslocar em um ambiente seguro e eficiente e, se os céus se mantiverem abertos, podemos continuar a recuperar este setor que gera milhões de empregos e bem-estar socioeconômico”, ressaltou Botelho.
*Fonte: Panrotas