O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou um novo confinamento em Paris e noutras 16 regiões, com a duração de um mês e com medidas menos severas do que as dos anteriores confinamentos. As escolas vão continuar abertas e vai ser possível praticar exercício ao ar livre se for perto de casa.
Numa altura em que os números de novos casos de covid-19 crescem em França, devido a uma terceira vaga da doença, as autoridades francesas decidiram voltar a fechar Paris e outras 16 regiões do país durante um mês. Cerca de 21 milhões de pessoas vão ser afetadas pelas novas medidas, que entram em vigor a partir da meia-noite desta sexta-feira.
“Estamos a adotar uma terceira via, uma via que deverá permitir a travagem [da epidemia] sem fechar” as pessoas em casa, disse Castex numa conferência de imprensa. Os negócios não essenciais vão encerrar e a circulação nas ruas vai ser limitada, no entanto as escolas vão permanecer abertas, bem como os cabelereiros, que terão de seguir “um protocolo sanitário particular”. O exercício ao ar livre também vai ser permitido num raio de até 10 quilómetros de casa. Mas, como nos confinamentos anteriores, será necessário uma autorização para justificar a circulação das pessoas nas áreas abrangidas pelas novas regras. O país já estava sob recolher obrigatório há vários meses.
Há quase um ano, o presidente Emmanuel Macron ordenava o primeiro confinamento nacional em França, um dos mais rigorosos do mundo. No entanto, o cenário é diferente agora. “Estas medidas de confinamento não são uma repetição das que impusemos em março, nem em novembro passado”, garantiu o primeiro-ministro francês.
As outras regiões afetadas pelas novas medidas incluem também Hauts-de-France, no nordeste do país, que engloba a cidade de Lille, Seine-Maritime, Eure e os Alpes-Maritimes, na Riviera francesa.
Os receios de uma terceira vaga surgem numa altura em que o governo francês enfrenta críticas pela sua lenta campanha de vacinação. Tal como muitos outros países europeus, também França suspendeu o uso da vacina da AstraZeneca. No entanto, a partir de sexta-feira, o país vai retomar a vacinação, na sequência do anúncio da Agência Europeia do Medicamento de que o fármaco podia ser utilizado em “segurança”. O primeiro-ministro disse mesmo que iria receber a vacina assim que fosse possível para provar que esta era segura.
*Fonte: Jornal de Notícias/PT, com agências