Por Inês Matos
No ano passado, foram registados menos 14 acidentes aéreos que em 2019, num total de 38, quando no ano anterior tinham sido registados 52 acidentes, aponta o Relatório de Segurança de 2020 da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, divulgado esta quinta-feira, 25 de março.
O relatório da IATA indica que também os acidentes aéreos com fatalidades desceram de oito, em 2019, para cinco no ano passado, ainda que a taxa de acidentes por milhão de voos realizados, que foi de 1,71, até tenha ficado acima da registada nos últimos cinco anos, entre 2016 e 2020, quando o valor se situava, em média, nos 1,38 acidentes por milhão de voos.
Já entre as companhias associadas da IATA, a taxa de acidentes foi de 0,83 por milhão de voos, o que, neste caso, traduz uma melhoria face à taxa de 0,96 que , em média, se tinha registado nos últimos cinco anos.
A redução do número de acidentes é, no entanto, como sublinha Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA, explicada pelo fraco desempenho da aviação em 2020, já que a pandemia da COVID-19 obrigou à paragem da aviação mundial durante grande parte do ano, o que levou a que o impacto de cada acidente tenha sido ainda maior.
“Voar é seguro, embora a indústria tenha dado um passo atrás no desempenho em 2020. A redução drástica no número de voos ampliou o impacto de cada acidente quando calculamos as taxas. Mas os números não mentem e não permitiremos que isso se torne uma tendência. Teremos um foco ainda mais forte na segurança durante este período de operações reduzidas e à medida que os horários dos voos forem reconstruídos quando o mundo reabrir”, aponta o responsável.
De facto, em 2020, o número total de voos realizados caiu 53%, para cerca de 22 milhões de voos, ainda que isso não tenha levado a um aumento do risco de fatalidade, que se manteve inalterado nos 0,13, tal como nos cinco anos anteriores.
Na informação divulgada, a IATA refere ainda que, em 2020, também não houve acidentes com Perda de Controle em Voo (LOC-I), que tinham sido responsáveis pela maior parcela de fatalidades desde 2016, o que aconteceu pela primeira vez em mais de 15 anos.
*Fonte: Publituris/PT; Foto: divulgação/Arquivo Turismo Total