Por Jefferson Severino
Números de turistas estrangeiros no Brasil vem caindo desde 2019. Sem duvidas, é ínfimo, é nada, principalmente em relação, por exemplo, a Ilha da Capri (Itália), destino badalado de veraneio na Europa, na disputada Costa Amalfitana, que é um pouco maior que a metade de Fernando de Noronha: são apenas 6 km de extensão e 2 km de largura e com apenas 12 mil habitantes, recebeu 2 milhões de turistas somente em 2020. Sem dúvidas isso se chama infraestrutura turística. Já o Brasil recebeu a a visita de apenas 6,3 milhões de turistas internacionais em 2019.
A saber, mais da metade desses visitantes (3,6 milhões) veio dos países vizinhos. Naturalmente, os argentinos seguem liderando a lista dos principais emissores (1,9 milhão), seguido dos Estados Unidos (590 mil) e Paraguai (406 mil). Atualmente, os dados são da 2ª edição do Anuário Estatístico de Turismo 2020, desenvolvido pela Coordenação-Geral de Dados e Informações do Ministério do Turismo. Além disso, o número é menor ainda que em 2018, com uma redução de 4%. Ainda, segundo o documento produzido pelo Ministério do Turismo, os meses mais procurados pelos turistas internacionais foram janeiro e fevereiro, meses de alta temporada.
De acordo com Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, “A queda nos números pode ser explicada pela redução dos visitantes do nosso principal emissor, a Argentina, que viveu um ano de muitas mudanças políticas em razão da eleição presidencial. De fato, acredito que temos trabalho em todas as frentes para desenvolver todo o potencial turístico do nosso país no período pós-pandemia. Sem dúvidas o Brasil reúne todas as condições para atender o novo perfil de viajante: foco na biossegurança e destinos de natureza”, comentou. Certamente temos todas as potencialidades. Só nos falta infraestrutura, conectividade, segurança e explorarmos o turismo de fato e não o turista. Assim, ir de um destino a outro no Brasil demanda pagar muito caro, encarar conexões absurdas e demoradas. Temos belezas naturais? Naturalmente que sim! Chegar lá é que é o grande problema.
*Fonte: Turismo On-Line; Foto: Jefferson Severino