16 de junho. Essa é a data prevista pela Air France para a retomada da ligação direta entre Fortaleza (CE) e Paris, suspensa desde outubro do ano passado, em decorrência da pandemia. Segundo Jean-Marc Pouchol, diretor da aérea para América do Sul, a operação será reiniciada com três voos semanais, mas a frequência pode mudar, de acordo com a demanda.
“Abrir o hub em Fortaleza, três anos atrás, junto com a Gol, foi muito importante para aumentar nossa presença nas regiões Norte e Nordeste. É uma rota que faz ainda mais sentido, pensando no momento em que as fronteiras forem reabertas, pois entendemos que que o segmento de lazer deve retomar suas viagens primeiro”, disse o executivo, em coletiva de França promovida em conjunto com a Atout France.
Pouchol fez um overview dos protocolos a bordo, lembrou a importância do transporte de cargas para a entrada de receitas, reforçou as restrições em viagens à França neste momento e destacou a decisão estratégica da companhia que, junto à KLM, manteve ininterruptas as ligações aéreas entre Brasil e Europa. A operação atual é de 23 frequências semanais, sendo sete voos entre São Paulo e Paris, sete entre São Paulo e Amsterdã, quatro voos entre o Rio de Janeiro e Paris, e cinco ligações entre Rio de Janeiro e Amsterdã.
Segundo ele, a ocupação nos voos atualmente chega a 80%, sendo mais expressiva na rota Brasil – Europa do que no sentido inverso. “É um bom resultado, dentro do contexto que vivemos”, comenta. Em relação ao perfil de viajantes, o diretor da Air France explica que a maioria é formada por cidadãos europeus residentes, expatriados europeus que moram no Brasil e expatriados brasileiros que vivem na Europa, além de brasileiros com cidadania europeia.
Futuro promissor
“O que nos permite manter uma participação tão grande no Brasil que, hoje, representa 50% das ligações entre o País e a Europa é a falta de oferta de nossos concorrentes”, cravou, destacando números da operação como prova da relevância da rota. “Nos voos da Air France, apenas 30% dos passageiros têm Paris como destino final. Os outros 70% estão em conexão para outros países na Europa e na Ásia”, disse. Pouchol lembrou, ainda, que os aeroportos brasileiros servem de hub para clientes da Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai.
Ele acredita em um futuro promissor para as viagens, assim que as fronteiras forem reabertas. “Tenho certeza que vai liberar a demanda reprimida. Temos observado esse movimento de retomada nos países que estão com a situação sanitária mais controlada e com o processo de vacinação avançado, como Estados Unidos, Reino Unido e Israel”, afirmou, informando que a companhia está preparando iniciativas e promoções para esse momento.
“Todos os voos ficaram cheios durante as últimas três semanas de dezembro do ano passado e isso, para mim, foi um teste do que vai acontecer quando as fronteiras reabrirem”, finalizou.
*Fonte: Brasilturis; Fotos: divulgação