Em alto mar: empresas de cruzeiro buscam brasileiros

Por Renato Machado

Disney Cruise Lines é uma das empresas parceiras da Cast-a-Way. Foto: Divulgação Disney Cruise Lines

Trabalhar viajando, ganhar em dólar, conhecer novos lugares, pessoas e culturas. Este é o resumo simplificado do que, para muitos, é um objetivo profissional. Atuar a bordo de um cruzeiro pode lhe proporcionar todas essas vantagens, porém há concessões e requisitos a serem respeitados. O Portal PANROTAS entrevistou a diretora de Operações da Cast-a-Way, Fabiana Estrela, para saber mais sobre essa modalidade de emprego, além é claro de listar as vagas abertas para o mercado sul-americano.

A Cast-a-Way é uma empresa de seleção e recrutamento especializada em cruzeiros. Em seu portfólio de companhias parceiras, gigantes como Carnival, Norwegian, Royal Caribbean, Disney Cruise Line e Club Med. Atualmente a empresa possui postos abertos e busca profissionais qualificados (porém, não necessariamente com experiência em alto mar).

Fabiana Estrela explica que, “para as posições, são buscadas pessoas que já tenham experiência em hotéis”. Cruzeiros lidam com trocas quinzenais de clientes, além de uma rotina que envolve entre 2,8 mil e 4,8 mil hóspedes. “A gente precisa de quem já tenha experiência na área pela qual está aplicando, não necessariamente em navio”, afirma.

Além disso, a Cast-a-Way exige experiências recentes (dois a três anos) e de duração mínima de um ano. “Tivemos muitos currículos de quem trabalhou há dez ou 15 anos com certa função. Essa experiência não é considerada se não for recente.”

PERFIL

A diretora de Operações descreve o profissional de cruzeiro como “um perfil bem diferenciado”, já que irá atuar em um ambiente “de muito dinamismo”. “Existe um perfil geral da personalidade desses profissionais, elas são pessoas energéticas, positivas, estão sempre sorrindo, têm paixão por interagir com outras pessoas, agradar os hóspedes”. Mais do que isso, “deve ser alguém que saiba tomar decisões, que saiba quando é importante prevalecer a vontade do hóspede em geral”.

Invariavelmente, o profissional que quiser se candidatar deverá ser fluente em inglês. “São mais de 67 nacionalidades a bordo, por isso a necessidade de se ter inglês, não só pelos hóspedes, mas pela grande importância de se comunicar com co-workers e gerentes. Essa vai ser a língua oficial do navio”, conta, reforçando que outros idiomas são “sempre bem-vindos”.

ATUAÇÃO

Lista de vagas tem host(ess), chefs e garçons. Foto: Panrotas
Segundo Fabiana Estrela, “80% a 90% dos navios que trabalhamos fazem as rotas do Caribe e costas dos Estados Unidos. Alguns poucos fazem Europa e Austrália”. Ou seja, o contratado não irá atuar na América do Sul.
Para explicar a rotina de um navio, a diretora da Cast-a-Way faz o paralelo com empregos tradicionais. “Em terra você trabalha 40-44 horas por semana, em mar não podemos trabalhar mais do que 70 horas – porém, em geral, ficam bem próximos dessas 70 horas (em média 10 horas por dia).”

“Trabalhar a bordo é bem diferente do que trabalhar em terra. Não existe finais de semana, não dá para ter uma mentalidade de CLT”, adverte. Os contratos, em geral, são de seis meses (com dois meses de férias).

VAGAS

O trabalho é duro, mas também é possível se divertir. Foto: Renato Machado

Para o mercado sul-americano, estão abertas vagas diversas. De acordo com Fabiana Estrela, há uma carência para técnicos de entretenimento (técnico de luz, som, palco, automação teatral e vídeo/telecomunicação).

Além disso, há vagas para agentes de Turismo, recepção/concierge, entretenimento de adultos e crianças, dançarinos que cantam (masculino) e músicos (vocal, vocal+violão, violino, trombone, trompete e bateria).

CANDIDATURA

Em alguns casos, áreas de lazer são acessíveis em momento de folga. Foto: Panrotas

Candidatos interessados deverão cadastrar seus currículos no site da empresa, o www.cast-a-way.com – clique em “South America” e, na sequência, escolha a opção “Online Applications” para acessar uma ficha que deve ser preenchida e aguarde o contato da empresa.

Em fases seguintes, são realizadas entrevistas e exames. A análise médica possui exigências que variam de acordo com a operadora do cruzeiro em questão (mas, em geral, custa US$ 1 mil e deve ser pago pelo candidato). No teste de inglês, o Marlins, é exigido 90% de acertos (ele também é custeado pelo candidato, US$ 15).

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