Tombada em 2008 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e depois reconhecida em 2014 pelas Nações Unidas como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a capoeira está nos planos de reabilitação do turismo baiano.
O objetivo é divulgar, planejar e programar eventos capazes de refletir a importância desta luta, dança e modalidade esportiva, a um só tempo, reinventada no Brasil com a influência dos escravizados trazidos de África.
Estratégia neste sentido teve seu passo inicial com o encontro do secretário de Turismo do Estado, Maurício Bacellar, com o cantor, compositor e mestre de capoeira, Tonho Matéria.
– A capoeira é um dos nossos grandes ativos culturais que, ao longo de anos, vem conquistando adeptos em todo o mundo, reconheceu Bacellar.
Para o secretário, o público visitante vem à Bahia “para conhecer a terra da capoeira e de seus grandes mestres”, representando a luta uma forte manifestação cultural de resistência, uma vez ter sido proibida e seus praticantes perseguidos e punidos até a segunda metade do século XX.
Já o músico e capoeirista Tonho Matéria, um dos destaques da formação original da banda Olodum, se disse preocupado com a situação enfrentada pelos grupos voltados para a arte do paranauê e do berimbau, devido à impossibilidade de aglomeração, condição inseparável de um eficiente trabalho com turismo.
Tonho colocou-se à disposição para intermediar acordos visando atuação de capoeiristas e músicas em ações de promoção do destino Bahia, quando for viabilizada a plena retomada de atividades turísticas com o tão sonhado controle de infecção pelo novo coronavírus.
*Fonte: A Tarde/Tempo Presente