A pandemia de covid-19 já causou perdas de 376,6 mil milhões de reais (61,9 mil milhões de euros) no turismo do Brasil, país fortemente afetado pela doença, informou na terça-feira a patronal do setor.

Só em maio passado, a atividade perdeu 21.400 milhões de reais (3,52 mil milhões de euros), segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) brasileira.

Segundo a entidade, os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, o mais turísticos do país, concentraram 52,6% das perdas do setor, chegando a cerca de 200 mil milhões de reais (32,8 mil milhões de euros) em prejuízos, entre março 2020 e maio de 2021.

Esses dois Estados, além de estarem entre os três mais populosos, são os que registam, até ao momento, mais mortes devido à covid-19 em todo o país, com 132.845 e 56.947 óbitos, respetivamente.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes associadas ao novo coronavírus (535.838), depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos positivos (19,1 milhões), atrás apenas dos norte-americanos e da Índia.

A associação patronal apontou que os maus resultados tiveram um “impacto significativamente negativo” no mercado de trabalho formal relacionado ao turismo, um dos poucos segmentos económicos que ainda continua sem criar empregos desde o surgimento da pandemia.

No entanto, as perdas foram reduzidas nos últimos meses e, possivelmente, seguirão essa mesma tendência “à medida em o processo de vacinação (avance) e as barreiras à circulação de turistas se relaxem”, disse o economista do CNC Fabio Bentes.

“Para os próximos meses, a tendência é que os serviços, inclusive o turismo, ganhem dinamismo”, acrescentou.

Nesse contexto, o CNC projeta um aumento de 17,8% nas receitas do turismo em 2021, o que representaria o maior crescimento do setor nos últimos 11 anos.

*Fonte: Publituris/pt; Ilustração: Divulgação/Arquivo Turismo Total