Colaborativa e criativa, a iniciativa prova que o ócio da quarentena pode dar espaço para imagens criativas e inspiradoras!
Isso mesmo, este é o primeiro museu de artes visuais dedicado exclusivamente à Covid-19, que nasceu logo no começo da pandemia. A iniciativa prova que o ócio da quarentena pode dar espaço para imagens criativas e inspiradoras.
Criado pelos espanhóis Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrero, o Covid Art Museum é totalmente colaborativo, ou seja, qualquer artista pode enviar a sua obra por meio deste site. Tudo passa pela curadoria dos idealizadores do projeto.
Segundo os curadores, os critérios de seleção são: a obra deve ser produzida durante o período de quarentena e precisa refletir o que todos estão vivendo e sentindo. São aceitos trabalhos de ilustração, fotografias, pinturas, desenhos, colagens, vídeos, entre outros. A página posta várias artes novas a cada dia!
Sobrou até para umas das obras mais icônicas da Renascença, “O Nascimento de Vênus” (1483), do pintor Sandro Botticelli, que foi submetida ao teste PCR nos dias de hoje. A releitura é do artista Eman Rus.
Durante a quarentena, as projeções ganharam os prédios de todo o Brasil. Refletida em um prédio na Avenida Duque de Caxias (SP), encontramos a tão aguardada seringa com a vacina contra a Covid-19. Se você reparar bem, a base da seringa reproduz o logo do SUS (Sistema Único de Saúde).
A a fotografa russa Natalie Doomco se especializou em clicar editoriais de moda e espetáculos de dança. Esta imagem seria normal em outros tempos, se apresentasse apenas um casal se beijando em vagão de metrô:
O que vemos são dois bailarinos com os rostos cobertos. Ao primeiro olhar, logo pensamos no impedimento de se beijar com as máscaras de proteção. Mas a obra é um pouco mais profunda: faz alusão ao espetáculo de dança “Magritte, Magritte”, da coreógrafa americana Anna Sokolow, que foi inspirado nas obras do pintor René Magritte.
Já a artista Maria Dobrovolskaya, que vive em Tel Aviv, Israel, desenvolveu um trabalho pensando no lixo produzido pela pandemia. Ela usa máscaras, luvas ou outras peças descartáveis para criar suas imagens.
A ideia é aumentar a consciência da população mundial em relação ao lixo produzido e descartado de maneira irregular. Assim, ela lançou o projeto “Pós Corona”(@post_korona), no qual transforma lixo em arte. As fotos usadas como base para o trabalho são enviadas por seguidores de várias partes do mundo.
E o mais bacana do Covid Art Museum é pensar que, em um futuro próximo, quando a pandemia de Covid-19 fizer parte do nosso passado, será possível ver como os artistas produziram e se expressaram na quarentena.
*Fonte: Catraca Livre