São Paulo: Museu da Língua Portuguesa reabre com ‘Língua Solta’ mostra de 180 obras

Um dos lugares mais cativantes da cidade volta a receber público! Após enfrentar um incêndio e uma longa reforma, o Museu da Língua Portuguesa reabre com a exposição “Língua Solta”. Na mostra, a língua portuguesa serve de inspiração para 180 obras.

Estandartes de maracatu no Museu da Língua Portuguesa

Crédito: Reprodução/ Ciete Silvério/ Facebook Museu da Língua PortuguesaEstandartes de Maracatu do interior de Pernambuco foram trazidos especialmente para a mostra

 

“Língua Solta” fica em cartaz entre os dias 31 de julho e 1º de outubro. Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos são os curadores da mostra, composta por objetos de arte popular e obras de arte contemporânea que fixam seus significados no uso da palavra. Os ingressos devem ser adquiridos pelo site do museu, em breve.

Instalada na histórica Estação da Luz, a instituição é considerada um dos primeiros museus dedicados a apenas um idioma no mundo. O espaço celebra a língua como um elemento fundador da cultura brasileira. A interatividade e as exposições em ambientes imersivos são os pontos altos desse local incrível.

Exposição Língua Solta, no Museu da Língua Portuguesa

Exposição “Língua Solta” mescla objetos populares com obras contemporâneas. Crédito: Reprodução/ Ciete Silvério/ Facebook Museu da Língua Portuguesa.

 

A exposição não está organizada de forma linear, mas sim de uma maneira que instigue o público com ideias, formas e palavras. Os curadores conectam língua portuguesa e arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano e às formas de protesto, de religião e de sobrevivência.

Ao todo, 180 peças compõem a mostra “Língua Solta”, em que cartazes de rua, cordéis, brinquedos, revestimentos de muros e rótulos de cachaça se misturam às obras de Mira Schendel, Leonilson, Rosângela Rennó, Jac Leirner, Emmanuel Nassar, entre outros artistas contemporâneos.

Mural de Rivane Neuenschwander no Museu da Língua Portuguesa

Mural da artista Rivane Neuenschwander convida o público a expressar sua criatividade. Crédito: Reprodução/ Ciete Silvério/ Facebook Museu da Língua Portuguesa.

 

Logo no início do percurso pela exposição “Língua Solta”, lê-se a frase “Eu preciso de palavras escritas” no manto bordado por Arthur Bispo do Rosário. Em outra sala estão quatro estandartes de maracatu rural, trazidos de Pernambuco para a mostra.

O mural “Zé Carioca e amigos (Como almoçar de graça)”, da artista Rivane Neuenschwander, convida o público à criatividade, permitindo a todos escreverem e desenharem em giz. É como criar uma história em quadrinhos coletiva. Os curadores destacam ainda a obra da escritora Maria de Lourdes, que vende livros artesanais datilografados por ela mesma, a menos de R$ 1.

O terraço com vista panorâmica para curtir SP e fazer selfies é uma das novidades do museu. Crédito: Reprodução/ Ciete Silvério/ Facebook Museu da Língua Portuguesa

 

O Museu da Língua Portuguesa apresenta também uma exposição de longa duração com experiências inéditas, como “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que aborda a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

As principais experiências que marcaram os quase 10 anos do Museu (2006 a 2015) retornam para a alegria do público cativo e dos novos frequentadores. É o caso da “Praça da Língua”, homenagem à língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo de som e luz.

*Fonte: Catraca Livre

Por último, o visitante pode curtir o novo terraço com vista panorâmica de SP. O espaço é uma homenagem póstuma ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha (1928-2021), responsável pela readequação da estação da Luz para instalar o MLP.

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