O êxodo urbano se intensificou na Chapada Diamantina (Bahia) com o aumento de turistas que estão se tornando moradores locais, visto que a pandemia de covid-19 fez com que a população urbana voltasse a valorizar o contato com a natureza. Com isso, a região está vivendo em um movimento de expansão.
O êxodo urbano se intensificou na Chapada Diamantina com o aumento de turistas que estão se tornando moradores locais, visto que a pandemia de covid-19 fez com que a população urbana voltasse a valorizar o contato com a natureza. Com isso, a região está vivendo em um movimento de expansão.
A era digital permitiu que as profissões começassem a ser exercidas em formato remoto, fazendo com que trabalhar em uma multinacional, por exemplo, fosse possível, ao mesmo tempo em que se encontra em um ambiente de natureza, como a região chapadeira, um dos destinos mais procurados para viagens e mudanças de vida.
A soteropolitana e turismóloga Carolina Chagas escolheu Mucugê como destino para sair da cidade grande. Ela, que já conhecia e amava as belezas naturais do território, teve maior vontade de mudança com a pandemia.
“A pandemia catalisou esse projeto, pois nos vimos estressados e enclausurados no apartamento em Salvador, enquanto poderíamos ter outro nível de qualidade de vida e uma relação mais harmônica com a Terra”, esclareceu.
“Nossa ideia aqui é viver em um lugar mais tranquilo, onde possamos desfrutar do espaço com segurança e possamos exercer nossa profissão, que tanto amamos”, completou.
O mesmo pensamento foi desfrutado por Ayelen Gilabert, argentina de La Plata, que resolveu abrir um hostel em Lençóis, com uma amiga italiana. Ela se define como professora e viajante e acredita que a ida para o município mudou a sua percepção sobre o que “realmente importa”.
“Eu não acredito na ideia de ‘forasteiro’, de jeito nenhum. (…) Eu tenho um hostel. Meus hóspedes favorecem a movimentação de trabalhos relacionados ao turismo: passeios guiados, comércio local, restaurantes… Acho que é uma troca de ajuda”.
Com o desenvolvimento das cidades da região, o arquiteto sergipano Sávio Carvalho, de 29 anos, retornou para Lençóis, a sua terra natal. Ele conta que o contato com a natureza foi um fator decisivo, visto que residia no Rio de Janeiro.
“Morar próximo à natureza é um fator importante para a qualidade de vida e o desenvolvimento humano na sua produção diária. Sinto ainda que posso agitar a oferta de trabalho local, já que na minha área de atuação necessito de mão-de-obra e serviços, beneficiando, assim, o desenvolvimento da cidade em todas as suas esferas”, declara Sávio.
*Fonte: Jornal da Chapada com informações de Guia Chapada Diamantina.