Portugal está a trabalhar com o Governo brasileiro para reconhecer o certificado de vacinação daquele país “o mais depressa possível”, garantiu hoje a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, alertando porém tratar-se de um esforço que envolve várias partes.
“Sabemos que há outros países que permitem a entrada de brasileiros sem qualquer tipo de teste, independentemente de estarem ou não vacinados com uma vacina reconhecida pela autoridade europeia”, mas “Portugal entendeu alinhar pela bitola europeia, pelas recomendações da União Europeia”, disse Rita Marques em declarações aos jornalistas em Monsaraz, onde decorre a 5ª Conferência Mundial de Enoturismo promovida pela Organização Mundial de Turismo (OMT).
“Nós, no turismo, somos os principais interessados em acolher brasileiros e americanos, mas por outro lado também não podemos esquecer que pertencemos a uma Europa, pertencemos à União Europeia, existem recomendações e orientações por parte da Comissão Europeia aos Estados-Membros e Portugal, que teve a presidência do Conselho Europeu, teria que privilegiar as recomendações da Comissão Europeia”, salientou a governante.
A solução encontrada pelo Governo português para facilitar a entrada de viajantes brasileiros e norte-americanos sem um certificado de vacinação reconhecido pela União Europeia foi a apresentação obrigatória de um teste à covid-19, que pode ser RT-PCR ou antigénio (clique para ler: Passageiros do Reino Unido e Brasil isentos de quarentena à chegada a Portugal / Permitidas viagens não essenciais de e para os Estados Unidos).
Contudo, Rita Marques garante que Portugal está a trabalhar no reconhecimento de certificado de vacinação de países terceiros ao nível da União Europeia, assim como está “a trabalhar diplomaticamente com cada um dos países”.
Esse trabalho, porém, integra vários Ministérios, “incluindo Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Saúde, Economia, Infraestruturas e Comunicações… São várias as áreas do Governo que estão a trabalhar de modo a termos uma solução expedita o mais brevemente possível”, frisou a secretária de Estado do Turismo.
Por outro lado, é também necessário que exista “um certificado do lado brasileiro que nos dê garantia de autenticidade, e que nos dê garantia de que não existem fraudes, enfim, como qualquer outro certificado”.
“Foi por isso que Portugal decidiu esquecer temporariamente a questão do certificado de vacina e ir pelo teste, porque assim com o teste nós conseguimos perceber claramente se as pessoas estavam ou não negativas”, acrescentou Rita Marques, concluindo que, “de outra forma ainda estaríamos a barrar os brasileiros e não podíamos fazer isso”.
*Fonte: PressTUR/pt.