Inês de Matos
A Organização Mundial do Turismo (OMT) lançou esta quinta-feira, 4 de novembro, durante a COP26, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as alterações climáticas, a Declaração de Glasgow para a Ação Climática no Turismo, documento que conta já com mais de 300 assinantes e que compromete o setor a reduzir as suas emissões em 50% na próxima década e alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
De acordo com um comunicado da OMT, a Declaração de Glasgow reconhece a “necessidade urgente” da criação de um plano global para a acção climática no setor do turismo e compromete os signatários “a medir, descarbonizar, regenerar e desbloquear o financiamento” nesta matéria.
Paralelamente, acrescenta a OMT, cada um dos 300 signatários desta declaração compromete-se também a entregar um “plano de ação concreto e atualizado”, num prazo de 12 meses a contar da assinatura do documento.
Entre os assinantes da declaração, que nasce impulsionada pela OMT, mas com o apoio de várias outras entidades, incluindo o UNEP – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, encontram-se entidades oficiais de turismo, destinos, países, stakeholders e diversas empresas privadas.
“Embora muitas empresas privadas tenham liderado o avanço da ação climática, é necessária uma abordagem setorial mais ambiciosa para garantir que o turismo acelere a ação climática de forma significativa”, considera Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT, defendendo que esta declaração é um passo importante entre “as boas intenções e uma ação climática significativa”.
Entre os principais apoiantes da Declaração de Glasgow está também o WTTC – Conselho Mundial das Viagens e Turismo, cuja presidente e CEO, Julia Simpson, explica que o apoio a esta declaração visa juntar “a voz do setor privado a este importante apelo para uma maior ambição no setor das viagens e turismo”.
“A Declaração de Glasgow é uma oportunidade real para que as viagens e turismo se unam e mostrem uma verdadeira liderança, enquanto nos esforçamos para alcançar o Net Zero”, acrescenta a responsável.
*Fonte: Publituris/pt