O World Travel and Tourism Council (WTTC), no âmbito da COP26, apresentou um guia com ações concretas para as empresas do setor das viagens e turismo combaterem as mudanças climáticas.
O roteiro criado pelo WTTC, segundo um comunicado, define os desafios futuros e como o setor pode descarbonizar e eliminar completamente as emissões de gases de efeito de estufa até 2050.
O guia inclui ações de descarbonização para cinco setores: alojamento, operadores turísticos, aviação, cruzeiros e intermediários turísticos (OTAs).
O WTTC recomenda às empresas destes setores que estabeleçam linhas de base e metas de emissões agora para atingir os objetivos individuais e setoriais; que monitorizem e relatem o progresso regularmente; que colaborem dentro e entre indústrias e governos; que forneçam o financiamento e o investimento necessários para a transição; e que aumentem a consciencialização e construam conhecimentos e capacidades sobre as mudanças climáticas.
O Conselho lembra que muitos destinos são afetados pelos impactos das mudanças climáticas com a elevação do nível do mar, a desflorestação e a perda de espécies animais e vegetais. “As comunidades que dependem do turismo são as primeiras a ver o impacto, portanto, devem ser tomadas medidas a esse respeito”.
O relatório também mostra como o setor é afetado pelas mudanças climáticas, visto que impacta destinos em todo o mundo, mas, como outras atividades, é responsável por aproximadamente 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito de estufa.
As diretrizes divulgadas pelo WTTC foram elaboradas em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e a Accenture.
Citada no comunicado, a presidente e CEO do WTTC, Julia Simpson, afirmou que o Guia Net Zero para as Viagens e Turismo apresenta “esforços e objetivos individuais dentro das várias atividades de negócios do setor” para “reduzir a pegada de carbono”.
“É absolutamente crítico que os setores público e privado trabalhem em conjunto para alcançar o Acordo de Paris e evitar aumentos globais nas temperaturas”, concluiu o Julia Simpson.
Citada na mesma nota, Emily Weiss, diretora do Travel Industry Group Worldwide da Accenture, afirmou que a retoma das viagens e turismo é “uma oportunidade irrepetível de reconstruir com responsabilidade e acelerar a mudança para um futuro sem emissões de gases poluentes”.
Também participaram neste projeto organizações importantes como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), o Grupo de Ação de Transporte Aéreo (ATAG), a Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros (CLIA), Travalyst e SHA (Sustainable Hospitality Alliance), entre outros. Fonte: Presstur.pt