A greve dos pilotos e comissários de bordo, determinada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) na quarta-feira (25), deve cortar pela metade a tripulação dos voos nacionais a partir de segunda-feira (29). A principal reinvindicação da categoria é um aumento de 15% nos salários, que não foi reajustado devido à pandemia da covid-19.
De acordo com o SNA, que representa as principais companhias aéreas do Brasil (Gol, Itapemirim, Azul e Latam), a greve dos pilotos e comissários foi estipulada em assembleia que reuniu cerca de 700 funcionários das empresas e ocorrerá por tempo indeterminado.
As tratativas entre os representantes da categoria e as companhias aéreas não avançou. A entidade exige um reajuste que contemple a reposição das perdas inflacionárias desde dezembro de 2019 a novembro de 2021.
“Em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço”, informou o sindicato em nota oficial comunicando a greve.
A greve dos pilotos e comissários ocorre em um período crucial para a aviação, onde as companhias começam a retomar as operações paralisadas durante o auge da pandemia da covid-19.
Greve dos pilotos: o que dizem as aéreas
Em comunicado, a Latam informou que, até o momento, mantém a programação normal de todos os seus voos para a próxima semana.
“A companhia, por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), segue empenhada em buscar o entendimento com todos os tripulantes para que seja possível superar de forma conjunta as consequências da pandemia, sobretudo neste momento importante de retomada do setor aéreo.”
A Azul, Itapemirim e Gol ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a greve dos pilotos e comissários, porém o sentimento geral é que a situação seja resolvida antes do início das paralisações.
*Fonte: Brasilturis; Foto: Will Recarey/Arquivo Turismo Total