O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) pediu aos governos que passem a considerar o risco de contágio da covid-19 com base no estado de saúde de um indivíduo, “em vez de colocarem países inteiros em quarentena”.
Citada num comunicado, a presidente e CEO do WTTC, Julia Simpson, afirmou que o encerramento de fronteiras não funciona, uma vez que “o vírus não respeita divisões entre países e os viajantes estão cansados das restrições que continuam a mudar de forma irregular”.
Em alternativa, Julia Simpson propõe que os governos passem “basear o risco em torno do estado de saúde de um indivíduo, em vez de colocarem países inteiros em quarentena”.
Simpson reiterou ainda que “é prioritário seguir rigorosamente as medidas de biossegurança indicadas pela Organização Mundial de Saúde, como o uso de máscaras, o distanciamento social, o uso de álcool gel, bem como a aplicação de testes rápidos regulares”.
O comunicado enviado ontem pelo WTTC sublinha que as restrições de viagens e o lento desenvolvimento dos planos de vacinação representam um risco para o cumprimento das projecções de recuperação do sector.
As perspectivas da WTTC apontavam para um aumento dos gastos internacionais neste sector de 94% em 2022, depois de uma queda de 69,4% em 2020, devido à crise pandémica.
Por outro lado, as projecções do Conselho previam que a recuperação global do sector de viagens e turismo iria acelerar a sua contribuição para o PIB mundial, com um crescimento projectado de 30,7% em 2021 e 31,7% em 2022.
Para acelerar a recuperação económica, o WTTC identificou quatro medidas. A primeira é que as pessoas totalmente vacinadas devem poder viajar livremente para qualquer lugar, independemente da sua origem ou destino final.
Por outro lado, o Conselho propõe que sejam implementadas soluções digitais que permitam a todos os viajantes comprovar facilmente seu estado relativamente à covid-19, o que por sua vez acelera o processo nas fronteiras.
Em terceiro lugar, O WTTC propõe o reconhecimento de todas as vacinas autorizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e/ou qualquer uma das Autoridades Reguladoras Estritas (SRA).
E, por último, o Conselho recomenda um acordo entre todas as autoridades relevantes de que as viagens internacionais são seguras, com protocolos melhorados de saúde e segurança.
O WTTC recorda que em 2020 mais de 62 milhões de empregos foram perdidos no setor das viagens e turismo devido à crise sanitária. Com a adopção das quatro medidas propostas, o Conselho espera que a economia global e os empregos possam “melhorar significativamente, com 20,1% de recuperação em 2022, o que significaria atingir os níveis de 2019”.
*Fonte: Presstur/pt; Fotos: Divulgação/Arquivo Turismo Total