Por Artur Luiz Andrade
O prefeito iniciou uma guerra declarada contra o carnaval do Rio desde que ignorou a festa em fevereiro passado, mesmo depois dos acidentes na Marquês de Sapucaí. Agora, decidiu cortar pela metade os gastos da prefeitura com as escolas, que acham que com R$ 12 milhões a menos o carnaval perderia a qualidade. E o Turismo do Rio? Quanto perde com essa briga? Com a hotelaria amargando ocupações baixíssimas devido à crise econômica, aos efeitos dos escândalos na cidade e no Estado, que diminuíram os investimentos públicos em obras e negócios, e à falta de estratégia para o Turismo carioca e nacional, será que os hotéis resistirão a um carnaval sem desfiles?
A presidente da Abav-RJ, Cristina Fritsch, foi uma das primeiras a protestar contra a decisão da prefeitura. “Como se não bastasse o prefeito não ter comparecido à entrega das chaves da cidade para o Rei Momo neste carnaval, um insulto para a toda população, já que é uma cerimônia tradicional e não se trata de gostar ou não de carnaval, agora decide cortar em 50% a verba destinada às escolas de samba, que são as grandes responsáveis pelo carnaval. Fica a dúvida se a motivação é por convicções religiosas ou se ele desconhece a receita que este evento gera para a cidade”, ressaltou Cristina Fritsch.
Quando a decisão foi divulgada, a prefeitura garantiu que o remanejamento não significa que as escolas de samba ficariam sem recursos. A ideia oficial é fazer investimentos diretamente nas agremiações por meio do Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de encargos. A Liesa pediu audiência com o prefeito, mas até segunda ordem o Rio de Janeiro não terá desfiles de escolas de samba no carnaval de 2018. Fonte: Panrotas com informações da Agência Brasil. Foto: Portela (Divulgação)