Jornalismo da Bahia se despede de Neomar Cidade

O jornalista baiano Neomar Cidade, 78 anos, faleceu nesta quinta-feira (3) em Salvador, por volta das dez horas da noite, no Hospital da Bahia.   Ele havia se sentido mal, na tarde de terça-feira, durante visita ao Salvador Shopping,  foi socorrido às pressas, ficou dois dias internado na UTI, mas, lamentavelmente, não resistiu, vindo a óbito.

Com uma vida dedicada ao jornalismo, Neomar Cidade (foto) iniciou a carreira no Diário de Notícias (Diários Associados), como repórter, editor e secretário de redação (12 anos), seguindo-se em A Tarde como noticiarista e editor (16 anos), Correio da Bahia como editor político e secretário de redação (10 anos), e editor e chefe de redação da Tribuna da Bahia (11 anos). Paralelamente, editor da revista Bahia em Foco e do jornal impresso Bahia Notícias. Assessor de imprensa de órgãos como a Secretaria de Finanças da Prefeitura de Salvador, Centro Industrial de Aratu, Desenvale, Fundac, Assembleia Legislativa, da Prefeitura de Lauro de Freitas, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, e outros. Atualmente, Neomar Cidade era um dos diretores do site Notícia Livre

-Neomar Cidade foi para mim de uma importância fundamental na minha formação como repórter, que diariamente buscava uma nova notícia que pudesse ser o destaque da edição do jornal.  Suas orientações na chefia da reportagem moldaram o meu perfil na atuação profissional, desde a época do Diário de Notícias, quando trabalhamos juntos durante cinco anos, ao período de quase duas décadas que tive a honra de integrar o quadro de Redação da Tribuna da Bahia. O jornalismo baiano perde um profissional exemplar, que sabia tratar a redação de uma notícia com sensibilidade e criatividade. Ele tinha também o dom da música, pois tocava piano muito bem, amante da música clássica que era. Sempre  cordial e extremamente simpático com todos os colegas que conviviam nas redações com ele, nos deixa boas lembranças e muita saudade. Descanse em paz “boa vida“, expressão que habitualmente usava para saudar os companheiros mais próximos-, declarou Nelson Rocha, diretor-editor do Portal Turismo Total.

O presidente em exercício da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Paulo Rangel (PT) lamentou a morte do jornalista. O chefe interino do Legislativo baiano protocolou Moção de Pesar junto à Mesa Diretora da ALBA.

Neomar Cidade  deixa os filhos Eliemar Carneiro Cidade, Nelson Carneiro Cidade, Maria Goreth Carneiro Cidade  e Nelma Carneiro Cidade; e os netos Ágata Cidade Barreto, Gabriele Angelo Pinto Cidade, Marcelo Cidade Argolo, Maria Eduarda Cidade Argolo, Isabele Angelo Pinto Cidade  e Márcia Vitória Cidade Cirne de Santana;  além das nora Andrea Angelo Pinto Cidade e o genro Gelvane Barbosa Alves.

Viúvo da sua primeira esposa Maria Eliete Carneiro Cidade, que faleceu em 04/10/201, Neomar estava casado com a assistente social Vera Lúcia Almeida Cidade. O corpo do jornalista Neomar Cidade foi sepultado nesta sexta-feira (4), às 17h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

*Com informações dos sites Notícia Livre e Bahia Notícia; Foto, reprodução.

 

Comentários sobre “Jornalismo da Bahia se despede de Neomar Cidade

  1. Neomar Sampaio Cidade, meu ex colega da Escola de Engenharia Eletromecânica da Bahia (antes de cursar Direito), foi uma das pessoas mais significativas da minha profissão. Ingressamos juntos no Diário de Notícias, na década de 1963/4, na rua Carlos Gomes e depois no jornal “A Tarde”, quando fiz faculdade no final da década de 1968/9. Lembro-me que saíamos do jornal de madrugada para pequenas farras que, por vezes, terminávamos no mercado da rampa (incendiado na década 1968) para saborearmos um mocotó, em um açougue de um seu amigo conhecido como “vazo ruim”, dos melhores preparados naquela época, comíamos antes de voltarmos para casa. Repórter de escol, humano, humilde, dos mais sinceros e sensíveis que conheci, bem como sua rapidez na redação da matéria e na máquina de escrever. Tinha um poder de sintetizar como ninguém. Um colega/amigo que nunca se mostrou aborrecido na vida. Sempre terminava um diálogo com um pequeno sorriso que não se sabia se concordava ou não, mas sem deixar transparecer seu pensamento. Um elegante com os colegas, um fidalgo, gentil, perfeito ser humano. Posteriormente, por trilharmos caminhos diferentes, tornei-me seu advogado familiar. Sinceramente, grande perda para a imprensa e seus amigos. Um irmão que se foi, para mim, inesperadamente que me deixou profundamente chocado e abalado. Que Deus o tenha recebido em sua eternidade!!! Sérgio Schlang

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