A Rússia anunciou que se retira da Organização Mundial do Turismo (OMT), embora esta decisão não paralise o procedimento de suspensão como membro que a instituição está a debater em Madrid numa assembleia extraordinária.
Fontes presentes na assembleia confirmaram à Efe o anúncio feito por Moscovo, embora a reunião extraordinária tenha continuado nesta quarta-feira (27 de abril) em Madrid, sede mundial da OMT, para decidir se a Rússia será finalmente suspensa como membro devido à invasão da Ucrânia.
A saída da Rússia entraria em vigor um ano depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol ter recebido a carta a comunicar a decisão, mas a suspensão, se finalmente aprovada, entra imediatamente em vigor.
Para que a suspensão do país presidido por Vladimir Putin seja efetiva, será necessário o apoio de dois terços dos 160 países membros que compõem a organização, seguindo a recomendação do Conselho Executivo, composto por 35 países e aprovado com 72% dos votos a favor.
O Artigo 34 dos estatutos da OMT estipula que se a assembleia constatar que algum dos seus membros persiste na prossecução de uma política contrária ao objetivo fundamental da organização, pode ser suspenso por uma resolução adotada por maioria de dois terços.
De acordo com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, “este é um momento triste para setor do Turismo. A decisão de suspender a Rússia da OMT, tomada nesta Assembleia Geral extraordinária, vem demonstrar o claro compromisso da grande maioria dos Estados Membros desta organização em continuar a promover os valores da liberdade e respeito mútuo, tão importantes para a afirmação da paz no mundo”.
Para esta assembleia extraordinária, a organização nomeou os mesmos oficiais que para a 24.ª reunião ordinária, realizada em Madrid entre 1 e 3 de dezembro de 2021, designadamente Espanha como presidente e Camboja, Gâmbia, Hungria, Índia, Iraque, Paraguai, Uruguai e Uzbequistão como vice-presidentes.
O conselho reuniu-se a pedido dos países membros incluindo a Colômbia, Guatemala, Lituânia, Polónia, Eslovénia e Ucrânia, devido à preocupação e condenação a nível mundial das ações unilaterais da Rússia. *Fonte: Publituris/pt.