A capital baiana volta com força às prateleiras do segmento de eventos do país, após um período crítico, por conta das restrições com a pandemia do Covid-19, iniciada em março de 2020, que causou graves prejuízos ao turismo baiano, estimado em mais de R$ 7 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
O mês de maio tem sido relevante para o segmento e o Centro de Convenções Salvador (CCS), administrado pelo grupo francês GL events, já percebe esta retomada. Só nesse mês, o CCS teve 80% de ocupação. Um desses eventos é o XIX Congresso Internacional de Catarata e Cirurgia Refrativa, previsto para 25 a 28 de maio, e considerado o maior congresso científico dessa especialidade na América do Sul, reunindo mais de dois mil oftalmologistas. Recentemente o CCS abrigou o principal evento do Judiciário no Brasil.
“Estamos no momento de consolidação dos eventos, depois de dois anos parados. Agora é crescer cada vez mais para fazer de Salvador o destino ideal para congressos e feiras”, frisa o diretor geral do CCS, Ludovic Moullin, lembrando a importância dessa atividade para a economia da cidade. Para se ter uma ideia, cada evento emprega, em média, 500 pessoas, entre montadores, atendentes, seguranças, etc. Por outro lado, o turista de eventos gasta na cidade quatro vezes mais que o turista de lazer, segundo a Embratur.
“Por conta dos turistas de eventos, já percebemos uma maior movimentação na cidade, com a ocupação hoteleira aumentando. É o visitante que a cidade gosta e precisa, porque deixa mais recursos na economia”, assinala o presidente da Salvador Destination e coordenador da Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio-BA, o hoteleiro Glicério Lemos.
O CCS tem ainda 67 eventos previstos apenas para este ano, entre confirmados e a confirmar, com uma expectativa de público superior a 140 mil pessoas. Outros 45 eventos estão em processo de confirmação para acontecer até 2025. “Estamos muito otimistas com os próximos anos, negociando diversos e variados eventos de grande porte porque temos convicção de que não voltaremos a viver um período como o de dois anos atrás”, pontua o diretor geral do CCS, Ludovic Moullin.