- Duda Tawil, texto e fotos, de Paris
Na sexta e no sábado, Les Ateliers Beaux-Arts abriram suas portas para o público na Cidade Luz, nas unidades de Glacière, Sévigné, Marc Bloch, Gauthey, Legendre e Montparnasse para as artes plásticas, enquanto que na de Montparnasse aconteceram também animações, com espetáculos de canto, música, dança e projeções.
Este evento sempre conclui o ano letivo dessas oficinas, ao tempo em que anuncia os cursos para a chamada rentrée, ou seja, a volta às atividades culturais, após a férias de verão, verão que começa no Hemisfério norte pra semana, dia 21.
Os temas são livres, assim como a visão de cada um(a): na sua série “Pinturas Imaginárias”, Jacqueline Fayet-Gottely retrata paisagens, praia, natureza, sobretudo o seu amor pelo mar. “Eu entro em simbiose com as paisagens, procuro compartilhar com a pintura a emoção que sinto”, diz ela, cujo ateliê é dirigido pela professora Claire Vaudey.
As questões existenciais estão também muito presentes nos desenhos, pinturas, fotos, vídeos e instalações. “A produção plástica como uma extensão da alma do artista, do seu autor, ou autora, do seu ser”, escreveu o professor Olivier di Pizio. No caso da chinesa Yan Xiao Hug, a ecologia e as novas tecnologias, com a instalação “A Intervenção Humana na Natureza” (www.xiao-yan.art); a libanesa Salwa Fathallah em suas fotos revisitadas de apartamentos vazios, abandonados em Beirute; e a síria Rasha Moustafa com seu emaranhado de tubos e fios, para citar algumas obras.
São as artes plásticas que nos emocionam, ajudam a nos evadir, e também a refletir sobre um melhor amanhã. E elas estiveram, portanto, de volta aos ABAs, três anos depois, em vários espaços da Cidade Luz. Boas-vindas, sempre!
Mais informações sobre os futuros ateliês, que são abertos a todos, e as inscrições: www.ateliersbeauxarts.paris.fr
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