Em 2023 eles serão um Carnaval em cada esquina, vão balançar o chão da praça, e nesta mistura serão a personificação do chame gente. Os Irmãos Macêdo comemoram o centenário de Osmar Macêdo tocando todos os dias de folia momesca, se dividindo entre os circuitos Dodô e Osmar.
A programação já começa no dia 12, no Furdunço. Na sequência abrem a festa de Momo na quinta-feira, dia 16 no Carro Fobica no Campo Grande. Na sexta-feira, dia 17, será a vez de apresentar o trabalho da escola de Música Irmãos Macêdo no mesmo circuito a bordo do mesmo carro. Projeto social idealizado por Aroldo Macêdo passa para novas gerações o repertório, a música de trio elétrico tocada na Guitarra Baiana.
No sábado, dia 18, é a vez do Fobicão ir para avenida. Esta será a única vez que o veículo desfilará no Campo Grande. De domingo, dia 19 a terça-feira, dia 21, a banda trieletrizada desfila na Barra Ondina. O carnaval é apenas uma parte da comemoração que seguirá por todo ano.
Em 22 de março de 1923, nascia Osmar Álvares de Macêdo, baiano soteropolitano, mais conhecido por ser um dos criadores do Trio Elétrico. Metalúrgico além do seu tempo, também é responsável por criações na construção civil.
Na construção civil, bolou, criou, inventou, construiu máquinas e ferramentas para todo tipo de obra assim como pontes, emissários submarinos, os CIEPS no Rio de Janeiro, Teatro Castro Alves, o metrô de Miami, indústrias do Centro Industrial de Aratu, dentre tantas outras obras importantes pelo Brasil.
Mesmo nas obras em que Osmar não estava, quando havia qualquer problema difícil de ser resolvido, o engenheiro responsável diziam logo: “chama Osmar”, chamado este que era logo atendido.
Osmar Macêdo, com sua mente criativa, passava da engenharia mecânica para a música com as mesmas maestria e criatividade, características que lhe eram peculiares, para compor, fazer arranjo, tocar nas gravações de discos e nos shows junto aos filhos, herdeiros do DNA musical do pai, percorrendo o Brasil e outros países.
Neste caminhar, os filhos sempre se apresentaram usando o nome Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar como forma de homenagear o pai Osmar e seu amigo Dodô. Osmar, Nosso Grande Noé, composição de Moraes Moreira em cordel, ressalta a genialidade de Osmar Macêdo.
A Banda Armandinho, Dodô & Osmar é sinônimo de tradição musical. Formada por Armandinho Macêdo (Guitarra Baiana), Betinho Macêdo (Baixo), Aroldo Macêdo (Guitarra Baiana) e André Macêdo (Vocal), todos os filhos de Osmar Macêdo, a banda é a própria história da música baiana e brasileira, renovada e contada por meio das canções que marcaram época e fizeram da Guitarra Baiana a primeira voz do carnaval baiano, e do Trio Elétrico. Formada em 1973, a banda Armandinho, Dodô e Osmar é a banda de Trio Elétrica mais antiga da história, mantendo a formação dos quatro irmãos.
O repertório é variado, privilegiando as canções gravadas em mais de 16 discos na carreira. Pombo Correio, Frevo do Trio Elétrico, Viva Dodô & Osmar, Vida Boa, Zamzibar e o hino Chame Gente são certezas em qualquer apresentação. Traz ainda clássico da música universal, como Bolero, de Maurice Ravel, Smooth, de Carlos Santana e Brasileirinho, de Waldir Azevedo, em versões trieletrizadas.
O Abadado, o abadá dado, é o projeto social do Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar no qual a camiseta é trocada por uma lata de leite em pó, que após o carnaval será entregue para instituições que cuidam de crianças e idosos. Lançado em 2003, o Abadado comemora 20 anos. Não é necessário o Abadado para pular com o Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar, uma vez que é um trio pipoca, trio sem cordas. Trata-se apenas de enfeitar a avenida com a camiseta, além de estar fazendo o bem. *Foto, crédito Felipe Oliveira/Divulgação..
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