Na última quarta-feira(8), o governo brasileiro decidiu acabar com a isenção de visto para turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália. A medida, porém, pode afetar a economia brasileira, uma vez que os americanos estão entre as nacionalidades que mais visitam o Brasil.
Segundo dados do governo brasileiro, os turistas americanos são a segunda nacionalidade que mais procuram o País, atrás apenas dos argentinos. De janeiro a dezembro de 2022, dos 3,5 milhões de visitantes estrangeiros que passaram ao menos uma noite em solo brasileiro, 883.088 eram argentinos e 373.382 eram americanos.
“Os números mostram que os turistas americanos têm uma parcela significativa no turismo brasileiro. Eles representam 10,7% de todos os estrangeiros que visitam o Brasil. Tendo em vista que, somente em 2022, os estrangeiros em visita ao Brasil gastaram U$5 bilhões, pode haver um impacto importante no saldo do turismo brasileiro”, avalia Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration – consultoria imigratória especializada em green cards americanos.
Outro dado que chama a atenção é quando comparada às viagens de longas distâncias, que exigem o deslocamento de avião. Os Estados Unidos lideram o ranking de passagens aéreas compradas para o verão 2022/23 no Brasil. De acordo com o levantamento da Gerência de Inteligência Mercadológica e Competitiva da Embratur junto à Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), 801.110 bilhetes já foram adquiridos nos mais variados países do mundo para curtir o país entre dezembro de 2022 e março de 2023 – 158.751 com origem nos Estados Unidos, o que corresponde a 19,81% do total.
Reciprocidade: Brasil é o 7º país que mais envia turistas aos EUA
Levantamento realizado pela AG Immigration revelou que o o Brasil foi o sétimo país que mais enviou turistas aos EUA em 2022. Ao todo, cerca de 1,2 milhão de brasileiros foram à terra do Tio Sam no ano passado, atrás apenas dos viajantes de Canadá, México, Reino Unido, Alemanha, França e Índia.
Os números foram coletados junto ao Escritório Nacional de Turismo e Viagem dos EUA e referem-se aos estrangeiros que passaram pelo menos uma noite em solo americano. Considerando-se todas as nacionalidades, foram 48,7 milhões visitas aos EUA em 2022.
Mesmo com a sétima posição, o Brasil está longe dos patamares pré-pandêmicos. Em 2021 e 2020, por exemplo, a quantidade de brasileiros fazendo turismo nos EUA foi de 239 mil e 423 mil, respectivamente – volume bastante impactado pelas restrições fronteiriças. Em 2019, contudo, quando essas limitações ainda não existiam, o número passou de 2,1 milhões. O recorde é de 2014, com 2,274 milhões de brasileiros entrando como turistas na América. Naquela época, o dólar girava em torno de R$2,3 e o Brasil vinha de um crescimento de 2,3% no seu Produto Interno Bruto (PIB) no ano anterior.
De acordo com Costa, 2022 foi “um ano de transição” para a indústria turística. “Ainda que as principais restrições de viagem entre os dois países, incluindo a obrigatoriedade do teste de Covid, tenham sido levantadas ou já não estivessem mais em vigor no ano passado, as pessoas continuaram receosas e sem planos concretos de viajar. O dólar a quase R$6 no começo de 2022 também foi algo que assustou”, comenta o empresário, que mora em Orlando, um dos principais destinos dos brasileiros.
Para 2023, porém, o CEO da AG Immigration acredita que o número de viajantes brasileiros nos EUA crescerá novamente. Nem mesmo o tempo de espera elevado para a emissão do visto – que em São Paulo passa dos 540 dias – deve mudar a tendência de aumento.
“Vai ser interessante observar o comportamento do brasileiro ao longo do ano. Mas acredito que, mesmo sem perspectivas de que o dólar fique mais barato, as pessoas vão compensar o tempo perdido na pandemia para realizar a viagem dos sonhos – e os EUA despontam como o destino favorito. Talvez não chegue ainda ao patamar dos 2 milhões, mas será um bom crescimento”.
De acordo com a Embaixada dos EUA no Brasil, existem mais de 6,2 milhões de vistos de turismo válidos atualmente entre os brasileiros.
Países que mais enviaram turistas aos EUA em 2022
- Canadá: 13,01 milhões*
- México: 11,76 milhões*
- Reino Unido: 3,46 milhões
- Alemanha: 1,48 milhões
- França: 1,31 milhões
- Índia: 1,25 milhões
- Brasil: 1,22 milhões
- Colômbia: 943 mil
- Coreia do Sul: 919 mil
- Espanha: 773 mil
*Os dados de Canadá e México referem-se ao período jan-nov, em razão da defasagem padrão na divulgação dos dados desses dois países. Para os demais, os dados compreendem o ano de 2022 inteiro.
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