Os resultados de mapeamento do perfil do turista brasileiro com deficiência

 

Por Nayara Oliveira

Ministério do Turismo (MTur) divulgou nesta terça-feira (11.04) os resultados da pesquisa “Turismo Acessível: Mapeamento do Perfil do Turista com Deficiência”, realizada pela Pasta em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A iniciativa tem o objetivo de traçar o perfil destes turistas e os seus hábitos de viagem, além de analisar a influência da acessibilidade na escolha do destino e atrativo turístico.

Levantamento apontou, entre outras conclusões, a necessidade de receptividade e empatia como um dos fatores fundamentais para que esse tipo de turista realize uma viagem. Foto: Freepix.

 

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Entre os resultados alcançados, o levantamento revelou que o turista com deficiência visual é o que mais viaja sozinho, enquanto os grupos com deficiência física, intelectual e mobilidade reduzida possuem alta incidência de viagens acompanhadas. Além disso, o grupo de pessoas com deficiência intelectual, mental ou com transtorno do espectro autista são os que tem a maior porcentagem de sempre viajar acompanhados. Os respondentes ainda destacaram a importância de se ter informações adequadas e precisas sobre a acessibilidade do lugar de acordo com o tipo de deficiência.

O mapeamento mostrou também a necessidade da acessibilidade atitudinal (atitudes ou comportamentos de uma pessoa ao se comunicar com uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida) no setor turístico, sendo esse fator considerado de maior relevância para todos os tipos de turistas na hora de fazer uma viagem, pois, quando instados a responder se deixariam de visitar um atrativo turístico por ausência de acessibilidade atitudinal, os turistas indicaram que sim, sem haver diferença estatística relevante entre os perfis de pessoas com deficiência.

Ainda foram perguntadas aos respondentes questões a respeito de suas experiências com viagens: como se sentem nos destinos turísticos, se já sofreram algum tipo de discriminação por conta de sua deficiência ou mobilidade reduzida, o quanto a acessibilidade influencia na visitação, entre outros questionamentos que trazem o entendimento sobre a vivência desse turista nos destinos brasileiros.

METODOLOGIA – A pesquisa foi realizada com respondentes de todo o país, sendo 58,60% de turistas com deficiência; 25,53% de sem deficiência; e 15,88% de turistas com mobilidade reduzida. Desses, 44,3% são da região Sudeste; 17,54% da região Norte; 15,53% da região Nordeste; 14,04% do Sul; e 8,60% do Centro-Oeste. Como resultado, o MTur espera incentivar ações no mercado interno para adaptar os destinos e atrativos, bem como estimular o consumo de produtos turísticos acessíveis por clientes potenciais.

O mapeamento foi realizado através de um questionário que delimitou como população o grupo de turistas com deficiência (física, sensorial ou mental/intelectual) e turistas com mobilidade reduzida (idosos; obesos; gestantes ou outros tipos de dificuldade de mobilidade que não se encaixassem como deficiência física). A maioria dos respondentes são pessoas com deficiência física (34,91%) seguido de turistas com deficiência intelectual/mental ou transtorno de espectro autismo (12.11%). *Fonte: MTur.

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