A OMT (Organização Mundial do Turismo) define que Turismo Sustentável é: “O turismo que considera plenamente seus atuais e futuros impactos econômicos, sociais e ambientais, abordando as necessidades dos visitantes, da indústria, do meio ambiente e das comunidades locais”.

O termo Turismo Sustentável apareceu pela primeira vez em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), que foi sediada na cidade do Rio de Janeiro. Este conceito tem os mesmo ideais do Desenvolvimento Sustentável. Por isso, é crucial que atividades turísticas, empresas e destinos levem em conta os impactos que elas geram, e assim, busquem equilibrar as consequências de suas ações para que a sustentabilidade seja enfim alcançada.

Segundo estudo da agência Euromonitor, de fevereiro de 2022, a atividade turística passará por uma série de mudanças até 2040, tendo como foco de preocupação as práticas sustentáveis como um meio de recuperar o setor após a pandemia. Ou seja, as pessoas e empresas tendem a se preocupar cada vez mais com a preservação do planeta, e essa preocupação será fator determinante na escolha do público por um produto ou marca, um legado positivo do pós-covid.

O Turismo Sustentável segue três pilares de cuidados principais:

• O Ambiental: que se preocupa com a redução da emissão de carbono causada pelo turismo, além de preservar a natureza através da diminuição do uso de plástico, da criação de infraestruturas que respeitam o meio ambiente e da conscientização dos turistas.
• O Sociocultural: que tem como objetivo auxiliar as comunidades locais, fazendo com que elas se integrem à indústria do turismo e usufruam de seus benefícios. Isso acontece, por exemplo, em hotéis, pousadas, restaurantes e atrativos que contratam funcionários locais, ou então que utilizam alimentos cultivados em fazendas da região, promovendo a geração de empregos e valorizando a cultura local.
• O Econômico: é sobre a lucratividade financeira, que deve ser conquistada levando em consideração os outros dois pilares. Se uma empresa não é viável e lucrativa, ela não é sustentável, porém ela nunca deve buscar a lucratividade às custas do meio ambiente e da comunidade local.

Alguns destinos brasileiros são referências mundiais no Turismo Sustentável, conheça-os abaixo: 

• Bonito/MS: A preservação ambiental e consequentemente a sustentabilidade são preocupações principais neste destino. O uso de transporte compartilhado para as atrações, controle de pessoas por passeio, hotéis e pousadas sustentáveis, uso responsável dos recursos naturais nas atividades turísticas e desenvolvimento de negócios locais, são algumas das ações adotadas pelo Turismo local. Bonito também propôs o uso do Voucher Digital, para entrada de atrações e passeios.

• Fernando de Noronha/PE: Para controle do impacto da visitação humana, o destino estabeleceu uma taxa de preservação, cujo valor varia de acordo com o tempo de estadia no local, além disso, a região proíbe a entrada de qualquer tipo de plástico desde 2018. Mais recentemente, foi criada uma regulamentação nomeada como “Noronha Carbono Zero”, que propõe que a partir de 2022 nenhum carro que emite dióxido de carbono entrará no local. E a partir da 2030, a circulação de veículos pré-existentes a esta regulação, estará proibida, somente podendo circular veículos elétricos. *Fotos: divulgação/Arquivo PTT.

O fomento do Turismo é missão da ABAV, contamos com você para conhecermos mais sobre práticas sustentáveis em todo o Brasil. Envie com as aplica em seu negócio ou região para imprensa@abav.com.br

Fontes: OMT, Noronha.Pe, Bonito.Ms, Euromonitor