Por Duda Tawil, texto e fotos, de Paris
É bem conhecido: os franceses adoram festejar as datas redondas, e este ano é a vez da grande atriz Sarah Bernhardt (1844-1923). É o centenário de sua morte. A exposição “Sarah Bernhardt – E a mulher criou a estrela” é maravilhosa, e está no Petit Palais, que é o Museu de Belas Artes da Cidade de Paris, no início dos Champs-Élysées, até 27 de agosto.
Figura emblemática da virada do século XIX para o XX, a “Divina” é homenageada com esta mostra que retraça em cerca de 400 obras a vida e a carreira de um monstro sagrado, ou melhor, uma “monstra sagrada”. Foi o termo inventado para ela pelo dramaturgo Jean Cocteau. Muito interessante, completíssima, apresenta ao público aspectos de sua existência menos conhecidos, como suas atividades como pintora e escritora, e sobretudo como escultora.
Figurinos, quadros, esculturas, pinturas e fotografias, objetos variados, mostram a diva dos palcos no trabalho e também uma Sarah na intimidade, longe dos spots. De personalidade indomável e extravagante, livre, engajada e apaixonada, é considerada uma das primeiras grandes estrelas, donde o justo título da exposição. Fez turnês por todo o mundo, e foi uma verdadeira “influencer” além do seu tempo.
Desde que partiu, aos 79 anos, é reconhecida como um verdadeiro ícone, cuja figura se compara às grandes estrelas do auge do cinema do século XX. Ela fascinou tanto o público como o mundo artístico e literário de sua época, que lhe consagraram um verdadeiro culto.
A curadora-geral é a diretora do Petit Palais, Anick Lemoine; Stéphanie Cantarutti, conservadora-chefe, responsável pelas pinturas do século XIX do Petit Palais; e Cécile Champy-Vinas, conservadora-chefe e diretora do Museu Zadkine.
Mais informações: www.petitpalais.paris.fr
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