O governo de Cabo Verde tem como meta alcançar 1,26 milhões de turistas anualmente em Cabo Verde, a partir de 2026, com 40% das entradas de visitantes em outras ilhas que não Sal e Boa Vista, tradicionalmente consideradas ilhas turísticas, segundo o administrador do Instituto do Turismo, Francisco Martins.
“Prevemos que em 2026 Cabo Verde possa atingir a marca de 1,3 milhões de turismo e fazer com que o impacto, o grosso do turismo que vá para Sal e Boa Vista diminui e em contraponto aumentar a frequência para as ilhas Santiago, Fogo, Maio, Santo Antão e Brava, fazendo com que a capacidade de carga que já é excessiva no Sal e na Boa vista diminua”, defendeu Francisco Martins.
O responsável, que falava no subtema “Diversificação Turística”, no âmbito do primeiro ciclo de debate social alargado para a preparação do acordo de Concertação Estratégica (ACE – 2023/2026), disse, citado pela agência cabo-verdiana de notícias, Inforpress, que o objetivo do Governo é aumentar a procura turística no país e de forma mais desconcentrada pelas ilhas, reduzir a dependência dos principais mercados de emissores e operadoras turísticos e melhorar os índices de sustentabilidade do turismo.
Conforme adiantou os indicadores atuais apontam que há problemas que tem contribuído para que o País tenha um produto turístico “pouco qualificado e diversificado”, nomeadamente a insuficiência das infraestruturas de base, a eficiente da conectividade interna e externa, do modelo de governação, pouca integração do património cultural na oferta turística existente e um marketing pouco eficiente, para apontar que Cabo Verde perdeu muito “na posição do ranking mundial de competitividade para países como Seicheles e Maurícias porque não estamos a ir a esta questão fulcral que é a identidade cultural para promover e vender o turismo a partir daí”.
“Obviamente também que precisamos de marketing da promoção do destino com presença mais robusta e mais bem trabalhada lá fora para podermos dar maior visibilidade e atrair cada vez mais diversos segmentos do turismo que não seja só sol e praia”, acrescentou, de acordo com notícia da Inforpress.
No entanto, conforme adiantou, o executivo já está a trabalhar na melhoria das infraestruturas de base, aumento da frequência dos voos externos e internos, na melhoria das condições dos transportes marítimos e terrestres, no reforço da governança nacional e regional e a nível da requalificação do património natural e cultura e sua integração na oferta turística.
Francisco Martins reconheceu, segundo a mesma fonte, que Cabo Verde está “extremamente dependente” do mercado europeu para venda de turismo, tendo sublinhado que “estamos dependentes de dois grandes operadores (TUI e RIU) que fazem operação quase na vertical. Portanto deixa-nos pouca margem”, para referir ainda que “o facto de o impacto no país ser diminuta é porque quando os turistas vêm com o pacote ‘tudo incluído’ a maior parte da receita fica lá”. Fonte: Publituris-pt.