Em Paris, Annette Giacometti é homenageada no seu centenário de nascimento

Por Duda Tawil, com fotos de Christiane El-Hayek
 
Durante vernissagem na segunda passada, dia 10, a Fundação e o Instituto Giacometti, em Paris, celebraram com inesquecível festa os 20 anos de sua criação com a exposição de verão “Annette Mais Infinitamente”, uma justa homenagem à saudosa Annette Giacometti (1923-1993) no seu centenário de nascimento.
Alberto, Annette e  o crítico de arte japonês Isaku Yanaihara na Suíça, em foto de 1961.
Além de sua fundadora, ela era a mulher e modelo, desde 1946, do grande artista visual suíço Alberto Giacometti, naturalizado francês, morto em 1966, e muito lutou para a salvaguarda da imensa obra que ele nos legou, sobretudo na escultura.
Herdeira do célebre marido, a também suíça Annette consagrou os seus últimos anos de vida à documentação, conservação e divulgação da sua obra. É uma personalidade fora de série que a exposição destaca. O acervo da Fundação Alberto e Annette Giacometti é o maior do mundo sobre Giacô. Eles se conheceram em Genebra em 1943, e três anos depois ela o seguiu para Paris, onde vivia. Foram 20 anos de vida comum, e o casamento em 1949. A cumplicidade está revelada nesta exposição de grande variedade de portraits esculpidos, pintados ou desenhados de Annette, depois das primeiras esculturas em gesso. Palestras e leituras vão permear a duração da mostra (ver site do instituto, abaixo).
   Annette representada de várias maneiras pelas mãos e pelo olhar fascinado de Giacô
Desde 2018, o Instituto Giacometti expõe, regularmente, a cada três ou quatro meses, quatro inventivas exposições por ano, testemunho de sua obra inestimável, símbolo da vida artística parisiense do pós-guerra. Ele está instalado no ex-ateliê do decorador Paul Follot (1877-1941), no 14° distrito da Cidade Luz, em belíssimo prédio que evolui do estilo Art Nouveau para o Art Decô.
                                       A musa inspiradora foi “retratada” em muitas esculturas do grande artista
Catherine Grenier é a presidente do instituto que tem como diretora artística Françoise Cohen, e Anne-Marie Pereira na comunicação. A bela e importante mostra é produzida por Alban Chaine, com cenografia de Éric Morin e curadoria de Thierry Pautot, e fica em cartaz até 27 de setembro vindouro.
Mais informações: www.institut-giacometti.fr

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