A Festa Litúrgica em honra a Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira, promete reunir em Salvador, no período de 1° a 13 de agosto, milhares de fiéis, devotos e demais admiradores da vida e obra do Anjo Bom do Brasil.
Com o tema “Santa Dulce: modelo da vida cristã e intercessora da nossa vocação à santidade”, a programação festiva (ver quadro) contará com shows musicais na Praça Irmã Dulce (Largo de Roma), reunindo atrações como Tuca Fernandes, Thiago Arancam, Padre Antônio Maria, Waldonys, Orquestra da Câmara de Salvador, Orquestra Juvenil do Neojiba e Coral Ecumênico da Bahia. Destaque ainda para as Santas Missas que serão realizadas no Santuário Santa Dulce dos Pobres, localizado também no Largo de Roma, de 1° a 12 de agosto (7h, 8h30, 12h e 17h); e a Missa Campal, que será celebrada no dia 13 de agosto (Dia Litúrgico de Santa Dulce), às 16h, na Praça Irmã Dulce, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal Dom Sergio da Rocha. Além da cerimônia a céu aberto, o dia 13 também contará com missas no Santuário, no horário das 6h, 8h, 10h, 12h e 14h.
“Com o coração repleto de louvor e ação de graças, estamos nos preparando para celebrar a festa da nossa padroeira, Santa Dulce dos Pobres. Neste ano, meditaremos sobre a vida de Santa Dulce enquanto modelo de vida cristã e intercessora de nossa vocação à santidade. Todo cristão é chamado a ser santo, e encontramos em Santa Dulce um modelo luminoso, aprendendo com sua vida que é possível viver a santidade no mundo atual, em meio às dificuldades que os tempos modernos nos apresentam. Que seja para nós um tempo de graça e crescimento espiritual”, declara o reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, frei Ícaro Rocha.
Além das celebrações religiosas e das apresentações musicais, a programação de agosto no Largo de Roma – que será totalmente gratuita – contará com serviços no campo da saúde, como orientações para a prevenção de doenças, aferição da pressão arterial, medição da taxa de glicemia e vacinação contra Influenza e Covid. Destaque também para iniciativas como a oferta de serviços jurídicos, quermesse e a apresentação de espetáculo teatral encenado por alunos do Centro Educacional Santo Antônio, escola fundada por Irmã Dulce.
A agenda festiva em homenagem à santa baiana vai contar também com a inauguração da Galeria Santa Dulce dos Pobres, uma galeria de arte a céu aberto, com mais de 500 metros quadrados na Avenida Dendezeiros (Bonfim), que reunirá em suas paredes trabalhos em grafite inspirados em Santa Dulce e no seu legado de amor, fé e solidariedade. Ainda na agenda cultural, o público poderá conferir, no Cine Santa Dulce, a exibição de filmes e outras produções audiovisuais sobre o legado da primeira santa brasileira.
“A Festa de Santa Dulce dos Pobres é muito importante para celebrarmos a vida e a obra da primeira santa brasileira. No endereço do amor onde tudo começou, o seu Santuário e suas obras permanecem acolhendo a dor dos que mais precisam, e celebrar o seu propósito de amar e servir e seus valores nos remete ao compromisso cristão diário de transformar o mundo através do amor ao próximo”, destaca o gestor do Complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres, Márcio Didier. A Festa de Santa Dulce 2023 é promovida pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), com o apoio da Prefeitura de Salvador.
Procissões e Santa Dulce nos bairros
Os 13 dias de homenagens à Mãe dos Pobres serão marcados também pela visita da imagem peregrina de Santa Dulce a diversos bairros de Salvador. A cada dia, sempre das 7h às 20h, a imagem estará presente em um determinado ponto da capital baiana, onde a população poderá fazer suas orações, pedidos e agradecimentos ao Anjo Bom.
A programação seguirá ainda com a realização de procissões e carreatas pela cidade, a exemplo da Procissão dos Arcos (4 de agosto, às 16h), com saída da Igreja do Bonfim e chegada no Santuário Santa Dulce; Procissão da Memória (6 de agosto, às 8h), do Santuário Santa Dulce à Basílica da Conceição da Praia; e a Procissão Luminosa (13 de agosto, às 18h), com percurso pelo Caminho da Fé (Santuário Santa Dulce – Igreja do Bonfim – Santuário Santa Dulce). Já no dia 5 de agosto, às 15h, uma carreata levando a imagem peregrina sairá do Centro de Convenções de Salvador em direção ao Santuário Santa Dulce. A programação completa da festa pode ser acompanhada através do site www.irmadulce.org.br e pelas redes sociais: Instagram e Facebook (@obrasirmadulce e @santuariosantadulce) e YouTube (santuariosantadulcedospobres).
Doações em prol da OSID – A festa litúrgica em honra ao Anjo Bom do Brasil será acompanhada de orações em prol das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição fundada por Santa Dulce dos Pobres que acolhe hoje mais de 3 milhões de pessoas por ano na Saúde e na Educação, incluindo pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, crianças e adolescentes em situação de risco social, entre outros públicos. Para continuar atendendo ao pobre, ao doente, ao mais necessitado, a entidade conta com o apoio de toda a sociedade. Durante os 13 dias da festa, a população poderá ajudar a instituição do Anjo Bom com a doação de alimentos não perecíveis no Portal de Doações Santa Dulce, que ficará localizado na Praça Irmã Dulce. Doações à OSID também podem ser feitas através da chave PIX: santadulce2023@irmadulce.org.br. Mais informações sobre outras formas de ajudar a instituição podem ser obtidas na Central de Relacionamento com o Doador (CRD), através do telefone (71) 3316-8899, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30.
“A festa em honra a Santa Dulce é um momento especial para direcionarmos nossas orações, pedidos e agradecimentos a quem dedicou a vida ao pobre, ao doente, ao mais necessitado – e cujo legado de amor e serviço acolhe hoje mais de 3 milhões de pessoas por ano na Bahia”, ressalta a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes.
Trajetória de amor, fé e solidariedade – Em 26 de maio de 1914 nascia, na cidade de Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos de idade, Maria Rita já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Em 1933, a jovem ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). No mesmo ano, no dia 13 de agosto, recebe o hábito e adota, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
Em 1949, já com uma trajetória consolidada pelo amor ao próximo, Irmã Dulce ocupa, após a autorização da sua superiora, um galinheiro localizado ao lado do convento, com os primeiros 70 doentes recolhidos das ruas de Salvador. A iniciativa deu origem à tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a religiosa construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Já em 1959, é fundada oficialmente pela Mãe dos Pobres a OSID – Obras Sociais Irmã Dulce, instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, situado no Bonfim. A freira baiana que dedicou sua vida ao acolhimento dos mais necessitados foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, passando a ser chamada Santa Dulce dos Pobres. Naquele domingo de céu azul, 50 mil pessoas (15 mil brasileiros) lotaram a Praça São Pedro, no Vaticano, para assistir à cerimônia presidida pelo Papa Francisco. Irmã Dulce tornou-se então a primeira santa brasileira da nossa época, tendo o dia 13 de agosto como sua Data Litúrgica.