Por Victor Jorge
A sustentabilidade entrou nas preocupações dos viajantes e a maioria está disponível a pagar mais em prol de um melhor ambiente. No que toca aos países mais sustentáveis no turismo, Portugal ocupa a 16.ª posição, revela o “Sustainable Travel Index” da Euromonitor International.
De acordo com uma análise efetuada pela Euromonitor International no seu “Sustainable Travel Index”, quase 80% dos viajantes a nível global estão dispostos a pagar, pelo menos, 10% mais pelas suas viagens por causa das questões relacionadas com a sustentabilidade, apesar do aumento significativo dos custos de vida.
O estudo realizado pela consultora avança ainda que 41% dos viajantes estão mesmo abertos a pagar mais 30% por experiências e eco-turismo.
A Europa domina este “Sustainable Travel Index 2023”, ocupando os primeiros 17 lugares do ranking. A Suécia continua a liderar a listagem, aparecendo a Finlândia e a Áustria em segundo e terceiro lugares, respetivamente.
O Uruguai é o único destino não-europeu a aparecer neste ranking, ocupando a 18.ª posição, tendo subido 15 lugares desde o ano passado.
Portugal ocupa a 16.ª posição, tendo subido um lugar face ao ranking de 2021/2022, e melhorou seis posições quando comparado com a avaliação feita entre 2017 e 2022.
Já Lisboa, analisadas as 10 cidades mais sustentáveis, em 2022, ocupa a nona posição, tendo caído quatro lugares face ao ranking de 2021/2022.
Neste particular, destaque para a cidade de Melbourne (Austrália), líder no pilar de sustentabilidade para o Índice de Melhores Destinos de Cidades da Euromonitor com uma meta ambiciosa de alcançar emissões zero até 2040. É seguida pelas cidades espanholas de Madrid e Sevilha, parte da iniciativa “Net Zero Cities” na UE que inclui 112 cidades europeias cidades no total.
Os sucessos de sustentabilidade de Melbourne são amplos, desde a adaptação de edifícios para reduzir a pegada de carbono e transição para energias renováveis, até ruas verdes, além de sediar eventos neutros em carbono.
Em termos de procura de turismo sustentável, Austrália, Islândia e Nova Zelândia são os três principais destinos. Como destinos de longa distância, a Austrália e a Nova Zelândia beneficiam do tempo elevado de permanência e a Nova Zelândia também lidera no turismo regenerativo.
A análise da Euromonitor International destaca ainda o Egito e as Maldivas como destinos que “mais melhoraram” ao longo destes últimos cinco anos, frisando que o Egito “superou outros destinos ao desenvolver um turismo resiliente, ajudado pela recuperação após as proibições de viagens e a pandemia, e aumentando o gasto médio por chegada para dilatar a criação de valor por meio do turismo em benefício das comunidades locais”, refere-se no estudo.