Costa Rica, Cancun, República Dominicana e Jamaica lideram o crescimento do turismo nas Caraíbas, enquanto Cuba continua atrasada na recuperação, revela um estudo realizado em Espanha, baseado no volume de assentos programados em voos diretos da Europa e da América do Norte.
“O Canadá e os Estados Unidos estão a puxar pelo turismo nas Caraíbas, com crescimentos muito significativos que permitem aumentar a conectividade na Costa Rica, Cancun e Jamaica. A única exceção será Cuba, com uma tendência completamente oposta”, disse Carlos Cendra, diretor de Marketing e Comunicações da consultora Mabrian Technologies.
O estudo analisa dados de viagens planeadas entre novembro de 2023 e março de 2024. Costa Rica cresce 24%, Cancun e República Dominicana (18% cada), Jamaica (10%) e Cuba (1%). Este pequeno aumento de Cuba deve-se ao turismo russo.
Cendra relatou uma queda de mais de 22% na conetividade de Cuba com o mercado norte-americano, enquanto o mercado russo “está a aumentar 230% em relação ao ano passado”.
Entre janeiro e outubro, o número de turistas russos que viajaram para Cuba atingiu 146.300, um aumento de 3,5 em relação ao mesmo período de 2022.
A consultora prevê que viajar para as Caraíbas será “mais barato do que em 2022”. Em termos gerais, os preços dos voos registaram “uma diminuição média de 10%, face a 2022, situando-se numa média de 363 euros em cada sentido”.
Por outro lado, Cuba e Costa Rica apresentam permanências muito superiores à média, com 10,5 dias e 9,5 dias, respetivamente.
A nível global, explicou Cendra, “há claramente uma evolução do turismo no sentido de motivações mais experienciais em oposição às mais convencionais”.
Na região das Caraíbas é crescente a atração por atividades aquáticas, mergulho e desportos radicais. Neste sentido, a consultora alerta que “o turismo ativo e natural ultrapassa hoje em interesse o tradicional turismo de sol e praia”.
O último WTM Global Travel Report , apresentado durante o World Travel Market, em Londres, revela que o setor turismo em Cuba, que está a afundar-se, terá de esperar pelo menos uma década para voltar a assistir ao crescimento ao ritmo que nos habituou. Fonte: publituris.pt