Alexandre Sampaio*
Vem aí a Black Friday, que é comemorada todos os anos na última sexta-feira do mês de novembro. A data refere-se a um importante dia para o comércio, em que muitas lojas oferecem descontos e chegam, até mesmo, a esgotar seus estoques. Em nosso segmento, de bares e restaurantes, temos observado uma crescente adesão – o que oportuniza mais pessoas a terem acesso a produtos de qualidade, por preços convidativos.
A expressão em inglês, no entanto, só veio a se tornar sinônimo de desconto em 2001 nos Estados Unidos. No Brasil, o evento se popularizou apenas em 2010, quando o termo passou a ser utilizado como estratégia de marketing para alavancar as vendas das empresas.
A Black Friday (ou “sexta-feira negra”, como também é conhecida) é, sem dúvidas, um dos dias mais aguardados no ano por lojistas e consumidores. O termo teve origem nos Estados Unidos e, atualmente, tem sido adotado em diversos países, como Brasil, Canadá e México.
Tamanha importância da data hoje para o setor produtivo levou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a realizar uma pesquisa para identificar a movimentação da Black Friday este ano. A previsão é de que sejam movimentados R$ 4,64 bilhões, registrando a maior cifra desde sua incorporação ao calendário do varejo em 2010. Isso representa um crescimento de 4,3% em relação ao ano passado, descontando a inflação.
Na prática, a mudança no comportamento do consumidor e o forte apelo às promoções favorecem o desempenho econômico do varejo durante este período. Impulsionada pelo processo acelerado da digitalização do setor, a facilidade de comparação de preços que o e-commerce proporciona tem sido um fator crucial para o sucesso dessa data. Nesse mesmo período de 2020, durante a pandemia, as vendas tiveram a maior expansão anual, com um aumento de 13,2% em relação a 2019.
Em 2023, os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,28 bilhão) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,05 bilhão) deverão responder por quase metade (48%) da movimentação financeira prevista. Tendem a se destacar ainda os ramos de hiper e supermercados (R$ 1,02 bilhão) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,73 bilhão).
A CNC monitorou, ainda, a demanda pelos dez principais produtos mais buscados pelos consumidores no e-commerce brasileiro nos últimos 30 dias. Informações coletadas por meio do Google Shopping acusaram variações mais expressivas da busca por produtos como aparelhos de ar-condicionado (+177,3%), aparelhos de TV (+88,0%) e fogões (+68,6%).
Nossa torcida é para que a data se consolide ainda mais no Brasil, representando um fôlego para segmentos que precisam de ações promocionais nesta época do ano, para manterem seus negócios não apenas de pé. Mas em pleno valor!
Fonte: FBHA – Foto: freepik
* Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).