A conclusão é do mais recente Barômetro das Viagens de Longo Curso publicado na semana passada pela European Travel Commission (ETC). Austrália, Brasil, Canadá, China, Japão, Coreia do Sul e EUA, foram os mercados analisados neste estudo.
Segundo o relatório da ETC, as perspectivas para as viagens internacionais em 2024 são predominantemente otimistas nos principais mercados de longo curso da Europa. No entanto, os viajantes demonstram maior relutância em visitar a Europa nos primeiros quatro meses do ano.
O estudo conclui que os mercados do Brasil (76%), Austrália (73%), Canadá (72%) e Coreia do Sul (71%), são os que geram maior optimismo relativamente às viagens de longo curso. Nos EUA, a intenção de fazer viagens intercontinentais permanece consistente com os níveis de 2023, com 60% dos entrevistados a expressar o desejo de o fazerem, enquanto o Japão viu um aumento modesto de 5% no número de entrevistados que planejam uma viagem ao exterior desde 2023, mas a intenção permanece relativamente baixa: 35%.
Entre os mercados analisados, a China é o único onde o sentimento de viagem está em declínio, registando uma diminuição de 14% na intenção de viagens de longa distância. No entanto, 64% dos entrevistados pensa realizar uma viagem de longo curso em 2024. Animador é o fato de, em todos os mercados, 75% daqueles que planeiam fazer uma viagem intercontinental apontarem a Europa como destino, com os restantes 25% a considerar outras regiões.
Segurança, infraestrutura e acessibilidade são essenciais para selecionar um destino
Para os viajantes ansiosos por visitar a Europa este ano, a segurança é o principal factor que influencia a escolha do destino, com 45% dos entrevistados em todos os mercados a dar prioridade a um ambiente de viagem seguro. As infra-estruturas turísticas de alta qualidade ocupam o segundo lugar, com 38% a considerá-las essenciais. Já os pontos de referência famosos e serviços acessíveis pesam 35% nas escolhas, enquanto 31% aponta as condições climáticas.
Enquanto os turistas do Canadá, EUA e Austrália colocam o foco nos pontos de referência e nos serviços acessíveis, os turistas coreanos e chineses apresentam uma forte preferência por destinos que preservem o seu património natural e cultural, com 33% e 32% dos entrevistados a dar prioridade a este fator, respectivamente.
Otimismo e cautela por parte dos turistas
Apesar do aumento dos custos de viagem e do crescente apelo de regiões alternativas, a Europa continua a ser muito atrativa para os viajantes de longo curso. Chineses (50%) e brasileiros (49%) mostram a maior intenção de visitar a Europa nos primeiros meses do ano. Já na Austrália e Coreia do Sul apenas 40% dos entrevistados equaciona viajar para a Europa até abril. Entre os canadianos e americanos, apenas um terço pensa fazê-lo nos primeiros quatro meses do ano, enquanto apenas 14% dos japonenses tem essa intenção.
Quanto ao orçamento disponível, 38% dos entrevistados em todos os mercados estão dispostos a gastar mais de 200€ / dia (principalmente chineses e brasileiros), enquanto 31% pretende gastar entre 100 e 200€ (budget preferido por australianos e sul coreanos). De referir ainda que apenas 21% dos entrevistados consideram gastar menos de 100€ por dia (principalmente canadianos).
Em média, os viajantes internacionais planejam visitar três países europeus durante a sua próxima viagem, o que implica fazer viagens de uma, duas ou mais semanas. Fonte: turisver.pt
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