A conclusão é do mais recente relatório “Por que motivo é a IA generativa um fator de mudança nas viagens em lazer?” elaborado pela Oliver Wyman, que defende que “as empresas de viagens devem considerar o desenvolvimento mais rápido de ferramentas mais especializadas para este tipo de viagens”.

Num mundo cada vez mais digital, a Inteligência Artificial Generativa está a revolucionar vários setores de atividade, e a indústria do turismo e viagens não é exceção, com o estudo “Why Generative AI Is A Game Changer For Leisure Travel“, da Oliver Wyman, a revelar a tendência crescente de utilização de aplicações de IA generativa neste setor.

Ao nível do planeamento de viagens, os entusiastas da IA generativa confiam cada vez mais nestas ferramentas para criar itinerários completos, com experiências cada vez mais personalizadas e eficientes.

Assim, e de acordo com o estudo, 58% dos inquiridos e 82% dos que utilizaram recentemente a IA generativa estão dispostos a utilizá-la novamente para planear viagens. Além disso, mais de 75% dos inquiridos estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as sugestões da IA generativa, reconhecendo a sua eficácia e utilidade.

O relatório conclui que as camadas mais jovens, membros de programas de fidelização e amantes de cruzeiros são os maiores entusiastas da aplicação da IA generativa: 59% dos inquiridos com idade inferior a 45 anos já utilizaram estas ferramentas para planear as suas viagens. E 45% dos membros do programa de fidelização admitem ter utilizado a IA generativa com o mesmo intuito, reforçando a ligação entre a fidelidade à marca e a adoção de novas tecnologias, tal como 54% dos inquiridos que fizeram pelo menos um cruzeiro desde 2022. Entre os viajantes de cruzeiros mais jovens, o entusiasmo é ainda maior: 82% já utilizaram a ferramenta.

 A IA generativa também é particularmente popular em viagens de custo mais elevado e de média duração (quatro e dez noites). É utilizada com mais frequência por pessoas que viajam sozinhas ou em família, devendo as empresas de viagens considerar o desenvolvimento mais rápido de ferramentas mais especializadas para este tipo de viagens.

“Os operadores devem estar atentos e reconhecer a oportunidade de capitalizarem a crescente utilização da IA generativa pelos consumidores”, sublinha o estudo.

Os resultados do relatório indicam que esta ferramenta vai permitir às empresas de viagens o estabelecimento de uma ligação com os clientes no início do processo de planeamento. Através dessa interação poderão mostrar-lhes outras opções para o seu itinerário. Dados do relatório indicam que 44% dos utilizadores que marcaram viagens geradas a partir da IA, também reservaram atividades recomendadas, incluindo sugestões de restaurantes (43%).

No entanto, o relatório antecipa que os operadores que não investirem na IA generativa enfrentarão riscos financeiros significativos. Se as agências de viagens online continuarem a ganhar quota de mercado devido à adoção destas tecnologias, as empresas de viagens tradicionais poderão perder uma parte considerável das suas receitas.

Estes dados foram retirados de um estudo da Oliver Wyman baseado em dois inquéritos a cerca de 2.100 participantes dos Estados Unidos da América e Canadá. Fonte: turisver.pt

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