Por Geraldo Gurgel
Visitar o Rio de Janeiro e não subir no Corcovado – com 710 metros – é como ir a Roma e não conhecer o Vaticano. E, vista lá do alto, a beleza natural do Rio torna a cidade ainda mais bonita. Desde que a estátua do Cristo Redentor – 38 metros – se incorporou à essa paisagem, em 1931, o mirante do Corcovado passou a atrair milhares de visitantes do Brasil e do mundo. De tão bela, a paisagem urbana da “Cidade Maravilhosa”, ornada pelo Pão de Açúcar, a Baia da Guanabara, lagoas, montanhas e florestas foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, tendo o Cristo Redentor como principal atrativo.
O monumento, localizado na floresta da Tijuca, tornou-se um ícone do Brasil, dentro e fora do país e, desde 2007, é considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude, a estátua recebeu mais de 20 mil visitas por dia. Por ano, o número de visitantes ultrapassa 2 milhões. Mais de 220 réplicas do Cristo Redentor, de todos os tamanhos, povoam praças e montanhas pelo Brasil e o mundo. É assim em Colatina (ES) – 33 metros – e em Elói Mendes (MG) – 39 metros.
E é em Santa Cruz (RN) que está localizada a maior estátua católica do mundo. É Santa Rita de Cássia, com seus 56 metros de altura instalada mais precisamente em Monte Carmelo. A movimentação de romeiros alterou a rotina da pequena cidade do sertão potiguar, graças ao turismo religioso que incrementa a economia local. Considerada a santa das causas impossíveis, a padroeira local tem sido a salvação da cidade, cuja população vivia na pobreza.
Os orixás do candomblé (foto) também são personificados em estátuas que atraem visitantes, principalmente onde a religião tem maior número de seguidores. O Dique do Tororó, em Salvador, chama atenção de quem passa pelo lago pelas figuras gigantes de oito orixás sobre o espelho d`água. Os orixás representados são Iansã, Nanã, Ogum, Oxalá, Xangô, Iemanjá, Oxum e Oxossi. Os esguichos junto aos orixás, além do efeito decorativo, oxigenam a água do atrativo turístico. Em Brasília, nas margens do Lago Paranoá, o Parque dos Orixás também exibe várias figuras dos “santos” do candomblé. Em Natal, Iemanjá reina na orla da Praia do Meio, onde é cultuada pelos praticantes dos rituais de umbanda e candomblé.
No Ceará, as estátuas do Padre Cícero – com 27 metros – na Colina do Horto, em Juazeiro do Norte; e de São Francisco – 30 metros -, em Canindé, incluíram os dois destinos religiosos no mapa do turismo brasileiro. Outro personagem expressivo da religiosidade nordestina, o Frei Damião de Bozzano, foi imortalizado em estátuas por toda a região, após a sua morte, e virou atrativo de muitas cidades. Em Guarabira (PB), a estátua do Capuchinho tem 34 metros e está entre as mais visitadas.
Fonte: Agência de Notícias do Turismo