Por Nelson Rocha, texto e fotos
Desde que recebeu o selo francês de proteção internacional, em 18 de janeiro de 2017, concedido pelo Programa Bandeira Azul (Blue Flag), do júri internacional da Fundação para Educação Ambiental (FEE), ONG com sede em Copenhague, na Dinamarca, que a Ilha dos Frades, com seus oito quilômetros de extensão cravados no exuberante cenário natural da Baía de Todos os Santos, em Salvador (Bahia), tem despertado cada vez mais o interesse dos turistas.
“Sem dúvida a Bandeira Azul faz com que os turistas desejem conhecer a Ilha dos Frades, a Ponta de Nossa Senhora, onde vivem cerca de 60 pessoas. Além dessa coisa do mar cristalino, da temperatura maravilhosa, a preservação ambiental e a história da ilha, importante no contexto da história do Brasil, a praia, é o que os turistas buscam”, relata José Agostinho, o guia Júnior, com 35 anos dedicados a conduzir os visitantes à bela região durante quase todo o ano, exceto nos raros períodos de chuvas.
Através de excursões em escunas que saem do Centro Náutico da Bahia, no bairro do Comércio da capital baiana, o turista chega à praia de Nossa Senhora de Guadalupe, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do planeta, de mar calmo e mata atlântica que ornamentam a paisagem local, onde também se destaca uma pequena igreja no alto de um morro, construída no século 17, quando da ocupação do lugar pelos jesuítas.
A visita a ilha, outrora habitada por índios tupinambás e hoje privatizada- pertence a uma construtora – dura cerca de duas horas. Para entrar neste espaço natural é necessário pagar uma taxa de R$ 6,00, por pessoa, a título de colaboração com a preservação do meio ambiente. O tempo de permanência no local é o suficiente para um passeio entre ruelas de poucas casas ou relaxar à beira mar, degustando um marisco – uma lagosta pode sair por R$ 60,00 – acompanhado de uma cerveja (R$ 12,00), ou uma caipirinha (R$ 12,00) ou água mineral (R$ 3,00). A despesa com o passeio incluiu o transporte de escuna, animado por um trio de sambistas, por R$ 40,00 por pessoa, mais parada estratégica na Praia do Brasileirinho, em Itaparica, para almoço no paradisíaco Restaurante Manguezal, ao custo também de R$ 40, por cabeça, buffet livre, bebidas pagas à parte.
“Não gostei dos preços. É tudo caro e privatizar uma praia, não existe isto, só aqui no Brasil”, criticou a empresária de Salvador Rita Oliveira, ao visitar a ilha pela primeira vez. Já a portuguesa Verônica Malhado, de Lisboa, retornou à ilha depois de um ano e, desta vez, acompanhada por um grupo de conterrâneos. “ Nós estivemos aqui no ano passado e este ano retornamos acompanhada dos nossos amigos. Tudo aqui é realmente muito caro, a comida, a bebida. É um ponto que eles podiam melhorar um bocadinho”, comentou.
O artesão Domingos Carquejo, 64, já mora na Ilha dos Frades há 34 anos. “ Quando eu quero comer peixe eu não compro, eu mesmo pesco”, diz com ar de satisfação, acrescentando: “ Eu gosto quando o pessoal chega para visitar, mas fico feliz quando todo mundo vai embora e a ilha fica deserta”. São nestes momentos de calmaria que a musicista holandesa Astrid Evans, há três anos morando na Ilha dos Frades, aproveita o silêncio das noites para tocar seu saxofone, isto quando não recepciona os visitantes fazendo um som. “Minha vida inteira morei na Holanda em cidade grande, agora moro num vilarejo, na natureza, bonita, calma”, diz.
As únicas outras praias com o mesmo status socioambiental no Brasil são a da Prainha, em Ilha Grande (Rio de Janeiro) e do Tombo, no Guarujá (São Paulo).
- O Portal Turismo Total agradece o apoio estratégico concedido pela Cassi Turismo, que organiza diariamente excursões às ilhas da região. Os interessados podem consultar a operadora pelos números (71) 4121.9760 ou 9.9121-1111 ou via e-mail: cassiturismo@terra.com.br
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