O aumento de visitantes dos Estados Unidos que estiveram em Cuba subiu 118% no primeiro trimestre deste ano, segundo estatísticas de especialistas do setor.
Esse crescimento representa mais do dobro em relação ao mesmo período de 2016 e neste momento coloca os americanos em segundo lugar, atrás dos canadenses, de acordo com o economista José Luis Perelló.
Nos quatro primeiros meses de 2016, mais de 94 mil americanos visitaram Cuba e o número em 2017 foi de 284.937, um crescimento de 74% em comparação com 2015, segundo dados do Ministério do Turismo (Mintur).
Perelló disse que o número de visitantes americanos contrastam com as reduções de voos e reajustes em suas operações para Cuba realizadas pelas companhias aéreas dos EUA, autorizadas a transportar até 110 voos diariamente, após a restauração de voos comerciais para Cuba em 2016.
No mês de março, as companhias aéreas americanas Silver Airways e Frontier suspenderam seus voos para Cuba devido à saturação na oferta, enquanto outras como American Airlines, JetBlue e Spirit reduziram suas frequências e agora enviam aviões menores.
Além disso, o especialista acrescentou um estudo de agências da Secretaria de Comércio dos EUA afirmou que uma vez que foi estabelecida uma embaixada do país em Havana, poderiam visitar a ilha cerca de 500 mil americanos, sendo que 60% deles têm a preferência por fazer a viagem em cruzeiros.
Mas tanto o início dos voos regulares como dos cruzeiros que partiram dos EUA, em 2016, contribuíram com o aumento dos visitantes americanos apesar de que os cidadãos desse país ainda não podem viajar como turistas para a ilha.
Suas visitas a Cuba estão restringidos e amparadas em alguma das 12 categorias autorizadas pelo governo dos EUA, por conta da vigência do embargo econômico e comercial aplicado ao país caribenho.