Por Ana Luiz Tieghi
A explosão de uma bomba ao final do show da cantora Ariana Grande, em Manchester, na Inglaterra, causou a morte de 22 pessoas na noite de segunda-feira (22). Ao menos 59 ficaram feridas.
Entre as vítimas, há crianças e jovens, que eram o público majoritário da artista. Para a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, o local foi escolhido de propósito, pelo impacto que essas mortes causariam. A polícia britânica afirma que a explosão foi um ataque suicida, feito com uma bomba caseira, e que o autor do crime morreu no local.
O grupo Estado Islâmico reivindicou o ataque, mas isso ainda não foi confirmado. A polícia também trabalha com a hipótese do autor da explosão atuar de forma independente.
IMPACTO NO TURISMO
Manchester é a terceira cidade do Reino Unido que mais recebe visitantes internacionais, segundo dados da Euromonitor, tendo crescido 4% em 2016 em número de turistas.
“O ataque em Manchester deve ter impacto mínimo da demanda turística”, disse a chefe de Viagem da consultoria, Caroline Bremner, que prevê queda de 0,3% na expectativa de voos aterrissando no Reino Unido em 2017 e 0,1% em 2018. Ainda assim, isso significa aumento de 4,9% nas chegadas ao país em comparação com o ano passado, atingindo 36,7 milhões.
“A resposta do governo será essencial para aliviar as preocupações dos cidadãos do Reino Unido e de visitantes internacionais sobre a segurança. Infelizmente, o terrorismo é uma ameaça que todos os destinos e países enfrentam”, acrescentou.
A Euromonitor também ressaltou a semelhança deste ataque com aquele que ocorreu em Paris em novembro de 2015, na boate Bataclan. Após o ocorrido, a França entrou em estado de emergência, e permanece assim até hoje. “O impacto do Bataclan no turismo receptivo da França levou a uma queda em chegadas no país, que caíram 6%, de 84,5 milhões para 79,7 milhões”, afirmou Caroline. Fonte: Panrotas