O veto aos eletrônicos que os Estados Unidos avaliam implantar em voos partam da Europa pode trazer consequências desastrosas ao setor de viagens. Uma pesquisa realizada pela associação norte-americana Business Travel Coalition (BTC) com 112 empresas, universidades e gestores governamentais de viagens aponta que a redução no número de viagens caso a política seja implantada é quase certa.
Para 79% dos entrevistados, menos viagens serão realizadas para os EUA, Europa ou para hubs europeus por conta do veto. Metade dos entrevistados acredita que a queda poderá ser de 25% em 12 meses. O estudo também indica que 12,5% dos entrevistados estimam uma diminuição entre 11% e 15% no número de viagens; 20,8% esperam uma queda entre 6% e 10%; 12,5% estimam uma redução de menos de 5%; e apenas 4% afirmam que não haverá redução.
POLÍTICAS DE VIAGENS
A pesquisa da BTC indica que 40% das políticas de viagem dos entrevistados permitem que os laptops sejam verificados e armazenados em um avião comercial. Outros 60% proíbem esse tipo de prática.
Uma minoria (16,7%) das organizações que proíbem a verificação de laptops estaria disposta a considerar uma mudança em sua política caso a proibição entre em vigor. Outros 25% responderam que não considerariam e 58,3% não têm certeza se uma mudança de política seria considerada.
OUTRAS SOLUÇÕES
“Os resultados da pesquisa devem iluminar o risco econômico de tal proibição aos eletrônicos que são maiores que um celular e encorajar o Departamento de Segurança Interna dos EUA a colaborar com a indústria de viagens para identificar, testar e implantar soluções sem a proibição de laptops e tablets”, afirma o fundador da BTC, Kevin Mitchell.
Ele avalia ainda que “a proibição de produtos eletrônicos nos aeroportos do Oriente Médio e do norte da África – uns dos mais seguros do mundo – precisa ser modificada e consistente com todos os aeroportos com voos que vão para os EUA”.
Outras pesquisas também têm avaliado o impacto da medida em setores como aeroportos, que podem contar com interrupções significativas no serviço aéreo caso o veto seja aprovado. Fonte: Panrotas